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SEÇÃO
Economia e Negócios
04/05/2014 - 18h19
Educação e finanças
Alexandre Gomes
 
A diferença cultural entre Brasil e Estados Unidos

Vivemos em um país muito complexo no que diz respeito à educação financeira. Nosso regime de impostos e nossa herança cultural, passando por algumas décadas de monomarcas, e produtos com nome de empresas (Xerox, Danone, Gilette etc.), dificulta o entendimento e o cálculo de custos para aquisição ou locação de um bem.

Por toda essa complexidade e por toda a dificuldade que temos de entender o preço real de um bem, por exemplo, o preço da gasolina, que mais de 50% de seu valor são impostos, é que precisamos entender melhor como funciona a locação de um bem.

Quando falamos em locação, pensamos em um primeiro momento no aluguel de um imóvel, depois a tão sonhada casa própria e é esse exemplo que quero mostrar onde podemos avaliar melhor a questão da locação.

De fato, o imóvel é um bem que as pessoas adquirem e consideram um investimento ou um bem de baixo risco, pois se pensarmos em nosso histórico de planos econômicos, caso algum presidente venha a confiscar a poupança, nunca na história deste país tivemos um confisco de imóveis ou que o mercado imobiliário tenha passado por algum tipo de crise.

A verdade é que ter um imóvel é ter a sensação de que caso tenha uma catástrofe econômica, ou alguma crise, ter um lar onde se abrigar é muito confortante e gratificante. Essa cultura temos para outros bens, como carros, celulares, notebooks, tablets, TV´s etc.

Pois bem, um imóvel é um bem de longo prazo, mas já tecnologia são bens de curto prazo. Um imóvel ao longo do tempo é valorizado, e mesmo com o passar do tempo, ele se torna um bom investimento. Na década de 80 e 90, isso funcionava com carros, TV´s e outros objetos, quando nossa oferta de produtos e serviços era bem restrita. No começo dos anos 90, começamos a ter a entrada de produtos importados, multimarcas, passamos por um “milagre econômico” onde tivemos um acesso mais fácil aos bens de consumo.

A cultura Americana é bem diferente da nossa no que diz respeito à aquisição de um bem. A Educação financeira é uma das matérias primárias em colégios, e poupar é uma das bases da sociedade. Além dos impostos serem mais baratos e o poder de compra ser totalmente voltado ao consumismo, o conceito de locação, apesar de vivermos realidades diferentes, pode ser facilmente entendido e replicado por nós. Basta entender e calcular da forma correta. O conceito de locação nos EUA é bem simples, se um bem é muito caro e degrada em pouco tempo, eu alugo. Já fazemos isso no Brasil com os celulares e as operadoras de Telefonia móvel. Muitas empresas locam veículos, pois os custos de administração, seguros, controles, manutenções e renovação da frota não é mais de responsabilidade da empresa e sim do serviço que você está contratando.

Bens de consumo tecnológicos possuem uma vida útil muito curta, um notebook, por exemplo, em três anos no máximo já necessita de um upgrade ou até mesmo sua troca. Isso funciona para smartphones, celulares, tablets, impressoras, equipamentos de informática em geral.

Se pensarmos que a tecnologia evolui muito rápido e que o preço diminui a cada lançamento comparado com o da linha anterior, veremos que comprar um bem, muitas vezes não é o melhor caminho, é assim que fazemos quando trocamos de smartphone.

Se pensarmos em outsourcing de impressão, vemos que caímos neste mesmo dilema.

Comprar não seria mais barato? A resposta é bem simples: Sim, se pensarmos e ver somente o valor do contrato e multiplicar pelo tempo dele. Mas, se olharmos e contabilizarmos os custos de administração, manutenção, renovação tecnológica, administração e controle de insumos, esta conta ficará muito, mas muito mais cara no final do período do contrato, pois por conta de nossa cultura, histórico de crises econômicas, e a sensação de achar que adquirir um bem é melhor do que alugar, nos cegam quando olhamos uma proposta de locação.

Outro ponto importante é que quando falamos em um projeto, ou compra de um bem, temos de levar em conta o valor a ser desembolsado para a aquisição deste bem ou produto. Se pensarmos neste valor que ao invés de desembolsar para a aquisição investir alguma aplicação, no final do período contratado além de ter o projeto pago e funcionando, você terá dinheiro de sobra.

Quando pensamos em Brasil, investimentos de longo prazo levam a nos pensar em todo nosso histórico, mas já faz quase duas décadas que nossa economia está dentro dos padrões que o mundo adota. Comparar a cultura americana com a nossa é bem difícil, mas no que diz respeito à locação e entendendo nossa realidade, a locação de tecnologia com certeza é uma das coisas que podemos copiar eles sim!


Nota do Editor: Alexandre Gomes é gerente de canais da Reis Office, empresa líder em soluções completas para impressão, digitalização, transmissão e armazenamento de documentos, além de outsourcing de impressão.

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