Faltando poucas semanas para o início do período eleitoral, Dilma volta para o seu patamar de liderança nas pesquisas, chegando aos seus 40% de intenção de votos. Obviamente não é ela que cresce de modo intenso, mas os seus concorrentes que não conseguem deslanchar e potencializar resultados para o segundo turno. A lógica do segundo turno deixa qualquer partido líder nas intenções de votos tenso e preocupado, porque a segurança da vitória no primeiro turno eleitoral não significa vitória final, já que não é totalmente garantida a predileção do eleitor dos candidatos derrotados na escolha do representante no segundo pleito eleitoral. Se Dilma pudesse desejar algo, seria ter um segundo turno com o PSDB, já que possui representativa possibilidade de reverter ao menos uma parte dos votos de Campos para sua base eleitoral, dificultando uma virada. Todavia seja Aécio o terceiro colocado, a rejeição ao PT é enorme pelos tucanos, condicionando um aumento na intenção da dupla Campos e Marina Silva. Esse cenário de maio demonstra que a preocupação não está em ficar à frente, mas sim em quem terá forças para ser o segundo. Mais uma característica do sistema brasileiro que demonstra estatisticamente que nem sempre o primeiro vence nas urnas. Nota do Editor: Roberto Gondo é doutor em Comunicação Política, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, presidente da POLITICOM.
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