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SEÇÃO
Economia e Negócios
23/07/2014 - 18h00
A fábrica do futuro e seus líderes
Airton Cicchetto
 

A revista Exame, neste mês de julho, publicou uma excelente matéria sobre as fábricas do futuro. Impulsionada pelo avanço exponencial da capacidade dos computadores pela imensa e crescente quantidade de informações digitalizadas e por novas estratégias de inovação, uma nova revolução industrial está em curso.

Conforme a matéria, a produtividade deverá aumentar, os índices de defeitos deverão cair, muitos empregos, os que envolvem funções repetitivas, deixarão de existir, pois grande parte de tais funções serão executadas por robôs e haverá demanda para trabalhadores altamente qualificados e educados. Estas serão as consequências mais imediatas com o advindo das tais fábricas do futuro.

Esta previsão, que em uma primeira análise parece assustadora, é na verdade a continuação de um incessante processo de busca do aumento da produtividade, que coexiste com as indústrias desde, praticamente, o início da era industrial. Os professores da Harvard, J. Hagel, S. Brown e L. Davidson, citam em seu artigo intitulado The 2009 Shift Index que: “a produtividade das empresas mais que dobrou nos últimos 40 anos, entretanto, a taxa de retorno sobre ativos (ROA) caiu para cerca de um quarto do valor da taxa histórica de 1965”.

Como se vê, pode-se dizer que trata-se de um movimento inerente ao processo de industrialização, na medida em que a indústria, há muito tempo, enfrenta declínio de suas taxas de retorno e busca sua sobrevivência por meio do aumento da produtividade – maior volume de produção com menor utilização de mão de obra.

Outras indagações, entretanto, decorrem da leitura desta matéria da Exame: como será no futuro o ambiente de negócios? Que novas forças e pressões estarão agindo sobre as empresas? E, como deverão atuar os líderes e gestores no novo ambiente? Pois bem, como dito, no ambiente interno haverá um menor número de colaboradores, menor headcount, e com isto, cada trabalhador passará a ter maior importância para a organização. O indivíduo será quase que imprescindível para a empresa. Recorrendo à teoria matemática dos limites, pode-se dizer que se o headcount tende a um, então a importância do headcount tende ao infinito.

Ainda, no ambiente interno, pode-se inferir que as interações entre as áreas do negócio tenderão a ser mais complexas ou menos flexíveis, visto que o processamento e fluxo de materiais, peças e componentes via equipamentos robotizados, requer absoluta precisão na entrada e saída de informações. Máquinas não são flexíveis, não aguardam e não dão um jeitinho, como fazem os humanos.

No ambiente externo, o acirramento da competição deverá se intensificar, o que implicará em maior pressão sobre os lucros e retornos sobre investimentos. Cada vez mais haverá menos espaço para perdas e desperdícios. Tudo, cada detalhe, será importante. Focus on everything, será a regra.

Neste novo cenário, líderes e gestores de negócios não deverão ter vida fácil. Dada a maciça robotização que se avizinha, a integração e sincronização das equipes serão requisitos indispensáveis. Dessa forma, eles terão que ser capazes de entender a extrema e relevante importância de sua justa equipe e de motivá-la a trabalhar de forma cadenciada, integrando um complexo constituído por humanos e máquinas.

A participação unida e integrada de todos, deixará de ser um mote, para ser obrigatória, pois antes mesmo de uma questão de sobrevivência, ela será, no futuro próximo, a engrenagem mestre operacional das empresas, a mover um sistema com folgas e tolerâncias próximas do zero. Os gestores e as gestoras líderes, capazes de promover esta integração, serão valiosos e disputados no mercado a peso de ouro. Esteja preparado!


Nota do Editor: Airton Cicchetto é consultor, palestrante empresarial, engenheiro, mestre em administração e idealizador do modelo SCG – Simples Complexo Gerencial – Simplificando a Gestão (www.scg.com.br).

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