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SEÇÃO
Economia e Negócios
24/07/2014 - 16h01
Empreendedorismo: necessidade ou oportunidade?
Luciana Aparecida Oliveira
 

Empreendedorismo é um conjunto de ações que representam a tentativa da criação, inovação ou renovação de negócios. Pode ocorrer por meio de um indivíduo, de um grupo de indivíduos ou por empresas já estabelecidas. No Brasil, os últimos dados divulgados pela pesquisa anual GEM – Global Entrepreneurship Monitor – constatam que ter o negócio próprio é o sonho de 44% dos brasileiros entrevistados e que, em sua maioria, os empreendimentos abertos no Brasil estão voltados para o mercado interno ou para a prestação de serviços ao consumidor, em segmentos com pequenas barreiras de entrada.

Empreender, em seu sentido mais restrito, exige inovação. De acordo com Schumpeter, importante pesquisador do tema no século XX, a essência do empreendedorismo é a inovação: “inovar a ponto de criar condições para uma radical transformação de um determinado setor, ramo de atividade ou território onde o empreendedor atua; novo ciclo de crescimento, capaz de promover uma ruptura no fluxo econômico contínuo”.

Na prática, um empreendedor pode não ser movido exclusivamente pela ideia de inovação. Ele pode ser motivado por uma oportunidade ou necessidade, como aqueles que abrem um novo negócio por não vislumbrarem uma carreira com melhores condições de trabalho ou ganhos. Para estes, o novo negócio supre a necessidade de possuir um meio de sobrevivência. Esta ação busca o afastamento de uma situação desfavorável, ao contrário daqueles que empreendem por oportunidade.

Os empreendedores por oportunidade são aqueles que se envolvem em novos negócios após encontrarem oportunidades num mercado não atendido ou por interesse pessoal. São movidos pelo desejo de realização ao invés do afastamento de uma realidade que não lhes agrada. O indivíduo têm outras possibilidades à disposição, mas optam por abrir um negócio. Em ambos os casos, são pessoas que estão dispostas a arriscar. 

Alguns elementos que compõe o cenário brasileiro são decisivos para a disseminação do empreendedorismo, como a cultura, os meios de comunicação e fatores estruturais do país. Nos últimos anos, é crescente o aumento dos empreendedores por oportunidade. O cenário onde há mais empreendedores por oportunidade do que por necessidade costuma ocorrer em economias que oferecem melhores perspectivas aos indivíduos.

Num país onde há poucas décadas os profissionais tinham sua carreira restrita a uma única empresa que lhes oferecia segurança, a possibilidade de ter o próprio negócio ao invés de vincular-se a emprego formal poderia parecer por demais ousada. As histórias de sucesso que pouco a pouco surgiram de profissionais que abandonaram “o certo pelo duvidoso” estão criando uma cultura de aceitação desta nova possibilidade.

Além disso, fatores estruturais como a política governamental para a captação de capital para empreender, programas educacionais para a capacitação do empreendedor, mão de obra qualificada para estas novas empresas e mecanismos que reduzem a carga tributária e burocracia para estabelecer-se como uma empresa legalmente constituída são parte deste cenário. A oferta em maior ou menor grau destes elementos podem estimular ou desestimular novos empreendedores.

Temos ainda uma outra vertente conhecida como empreendedorismo organizacional ou corporativo. Alguns empreendedores, ao invés de desenvolver seu negócio, optam por direcionar seus esforços para conquistar uma carreira de sucesso no mundo corporativo. Estes são os intraempreendedores: aqueles que trabalham dentro das organizações e perseguem oportunidades para inovar, e que são cada vez mais reconhecidos por esse perfil. Segundo Drucker “na empresa existente, o já existente é o maior obstáculo ao espírito empreendedor”. O intraempreendedor tem por característica buscar a ruptura do “já existente”, revitalizando o negócio.

Empreender é escolha possível. Tornou-se algo tão factível que faculdades oferecem a disciplina empreendedorismo como forma de preparar os profissionais para o futuro, quaisquer que sejam suas escolhas.


Nota do Editor: Luciana Aparecida Oliveira, professora do curso de Administração da Faculdade Anhanguera de Guarulhos.

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