Dilma Rousseff e o PT caminham para um grande desafio no cenário eleitoral. De acordo com Roberto Gondo, doutor em Comunicação Política e professor do Mackenzie, apesar dos candidatos liderarem as pesquisas para o governo federal, as simulações em um possível segundo turno não são tão discrepantes assim. Nesse sentido, sob um prisma eleitoral, os dois candidatos elencados na disputa em segundo e terceiro lugar: respectivamente Aécio e Eduardo Campos agregam grande parte de seus eleitores descontentes com a gestão petista e somados atraem aproximadamente 30% das intenções de votos, isso ainda sem o início da campanha no Rádio e TV, que influenciam fortemente no emocional do cidadão. Obviamente em um segundo turno, os apoios não significam migração certeira de votos. “É nesse ponto que o PT de Dilma deve intensificar seus esforços para ganhar no primeiro momento, já que Aécio e Eduardo são mais carismáticos, jovens para um cargo presidencial e podem adotar um discurso do novo e do melhor, coisa que Dilma não tem tanta tranquilidade para defender”, afirma Gondo. Para o especialista, morrer na praia no segundo turno não seria um resultado inédito e nem privilégio dessa eleição. Nenhum candidato e partido quer viver uma situação dessas, que para um universo eleitoral é mais árduo digerir do que uma derrota 7x1 da seleção brasileira.
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