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SEÇÃO
Economia e Negócios
31/07/2014 - 18h07
Quem não se comunica, desmotiva!
Airton Cicchetto
 
A importância da comunicação empresarial

Parece inacreditável, mas nos dias atuais, ainda existem líderes que não se comunicam com seus subordinados. A importância da comunicação bem como os benefícios que ela proporciona às empresas e a todas as suas pessoas são amplamente comprovados. São inquestionáveis. Mesmo assim, no ambiente empresarial, há líderes que não dão atenção a seus colaboradores. É o que revela uma pesquisa publicada pela revista Exame em julho desse ano, que ouviu uma amostra estatística de mais de 1.200 pessoas e que comprova a negligência dos chefes no que diz respeito à boa comunicação com a equipe.

Segundo a pesquisa, 41% dos gestores dizem dedicar muita atenção aos seus funcionários, mas apenas 9% concordam com seus chefes neste quesito. Estes dados são, de certa forma, alarmantes, pois 91% dos trabalhadores não se sentem ouvidos por seus superiores, percepção que se confirma na mesma pesquisa, visto que mais da metade dos chefes, 59% deles, de fato, não declararam dedicar atenção a seus subordinados.

Da teoria, sabe-se que os principais objetivos da comunicação são: tornar o pensamento comum aos outros, produzir uma resposta e persuadir. No mundo corporativo, é do senso comum que a boa comunicação é vital para alinhar o foco, incentivar a participação e o comprometimento das pessoas para delas obter o melhor desempenho individual e motivação para cooperar com os diferentes programas e projetos da empresa. Como se pode notar, esta é a exata aplicação dos objetivos da comunicação.

Não é possível conceber, nas empresas modernas, a prática do “tautismo”, que Lucien Sfez, professor da Universidade de Paris, define como contração de dois termos: tautologia e autismo. De forma simples e abreviada, por tautologia, entende-se o vício de linguagem que consiste em dizer, por diversas formas, sempre a mesma coisa e, por autismo, pode-se entender a doença do auto encerramento, pela qual o indivíduo deixa de ter necessidade de comunicar seu pensamento aos outros e de se adequar aos demais.

Nos dias de hoje, definitivamente, os líderes não podem ser introvertidos ou inacessíveis, encerrando-se em seus próprios pensamentos (gestores autistas) nem, da mesma forma, podem se desligar da realidade exterior e se fixar nas suas próprias verdades, exercitando a tautologia. Ao contrário, os gerentes têm a missão de comunicar-se intensamente com seus subordinados e seus pares, captar o que se passa no ambiente, adequar-se, rever planos e posições, mantendo a motivação e o engajamento de todos. Se assim não estão fazendo, estão falhando e, neste caso, estão falhando também suas empresas.

Os funcionários hoje apreciam os sistemas sofisticados e o emprego de alta tecnologia de comunicação, mas também, e principalmente, querem ter contato pessoal com seus líderes. Assim como existem no ambiente das empresas obstáculos e dificuldades ao estabelecimento do diálogo, também pode e deve haver condições que o favoreçam.

Compete a elas prover condições facilitadoras, e neste sentido, é de fundamental importância que as empresas formatem sistemas de comunicação compostos de oportunidades e temas que incentivem a troca de ideias entre os empregados, deixando muito claro que são abertas ao diálogo e tem compromissos claros com a segurança, o bem-estar e o desenvolvimento de todos, inclusive, cobrando o alinhamento de seus líderes a estes princípios.

Assim o fazendo, incentivando a comunicação, estarão naturalmente induzindo seus líderes a dedicar atenção aos subordinados e, consequentemente, alinhando focos, motivando e obtendo respostas positivas no desempenho do pessoal. Do contrário, estarão desmotivando e alimentando as estatísticas dos descontentes e assim, distanciando-se dos saudáveis objetivos da comunicação.


Nota do Editor: Airton Cicchetto é consultor, palestrante empresarial, engenheiro, mestre em administração e idealizador do modelo SCG – Simples Complexo Gerencial – Simplificando a Gestão (www.scg.com.br).

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