Divulgação |  |
O CHÃO CAIÇARA, é um espaço especial cedido pela Sectur, ao lado do prédio da Secretaria, dedicado ao artesanato e aos costumes caiçaras. Durante a semana, no local, há venda de chaveiros, colares, bonecos, pequenas canoas e artesanato em taboa, taquara e uma variedade objetos de decoração, todos de artistas sebastianenses. Porém nas segundas sextas-feiras do mês o local se transforma num ponto de encontro para divulgação da literatura e dos costumes caiçaras. É dia de “Bate papo com violão”. Para isso conta com a participação de Nicinho, artesão, produtor cultural e idealizador do Projeto, Maria Angélica, jornalista e escritora, Evaldo Pereira, mestre canoeiro, compositor e violeiro e Juliano Junqueira, que se dedica a culinária da região e ao artesanato. No local há um forno de farinha e um fogão de lenha, onde é feito farinha de mandioca com caldo de peixe ou café com garapa e bolinho de chuva. A ideia do grupo é transformar o local em um ponto de encontro para os amantes da cultura regional, receber os amigos e resgatar o hábito da roda de conversa ao som de violão. Durante este ano o evento contou com a participação do caiçara Reinaldo Santana “O Contrapino” na farinhada e palestra, Ivo de Souza engenheiro e poeta, Yara Moraes e Sônia Lopes no violão. No começo de agosto o projeto foi apresentado num edital da Petrobras, uma vez que dependem de parcerias para levar este projeto para as escolas, mas por enquanto já contam com o apoio da ETEC Escola Técnica Estadual de São Sebastião e recebem também alunos da Faculdade UNIBR incentivados por alguns professores. Na ETEC já está sendo construída uma casa de pau a pique com um forno de farinha e fogão de lenha para levar o projeto mais perto dos alunos, parte do material foi doado pela Prefeitura e o Depósito Copa doou a chapa do fogão de lenha, o Portal da Construção os tijolos para o forno e a Ideal um caminhão de barro. Segundo o Nicinho: “Esse projeto faz o resgate dos bons tempos de São Sebastião, meus pais sempre dizem que antigamente esse tipo de coisa era bem comum, foi se perdendo com a chegada da televisão e hoje em dia não se vê mais.” Para Maria Angélica: “É uma maneira de revivermos as nossas histórias, trago meus livros antigos e gosto de recitar poesias da minha mãe Beatriz Puertas. Cheguei a vivenciar esse tipo de coisa, meus avós moravam perto da Praça do Coreto e à noite as pessoas se reuniam para conversar. Eu e as outras crianças ficávamos brincando e quando cansávamos dormíamos nas esteiras que as nossas mães colocavam no chão perto das cadeiras onde estavam os adultos. Era muito gostoso!” Para o Evaldo: “É uma maneira de divulgar também as músicas que faço, gosto de fazer músicas falando da vida nas praias isoladas, dos naufrágios de navio, de coisas que sei que aconteciam antigamente, é um resgate das nossas histórias.” O Juliano: “Acho que estamos fazendo algo simples e muito significativo, contribuindo para a cultura caiçara.” O CHÃO CAIÇARA fica aberto de segunda a sexta-feira das 14h às 18h e aos sábados e domingos das 15h às 22h. O “Bate papo com violão” é nas segundas sextas-feiras do mês a partir das 19h. É gratuito, venha participar!
|