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SEÇÃO
Economia e Negócios
10/04/2005 - 08h00
Créditos e dívidas no Brasil
Cláudio Boriola
 

O conceito de crédito no Brasil, de acordo com todo o contexto atual, é o de financiar o desenvolvimento e o progresso, viabilizando alternativas à pessoas físicas e jurídicas. Crédito nada mais é que a confiança de uma empresa / instituição depositada em seu cliente.

Com finalidade de facilitar o consumo, esse crédito deve ser utilizado de maneira sabia e consciente. Ao mesmo tempo que facilita a vida de muita gente, destrói outras caso não seja utilizado de acordo com os ganhos. Caso seja utilizado de maneira errada certamente acarretará inúmeros problemas com dívidas, e por conseqüência, juros exorbitantes.

A procura por empréstimos tem sido tamanha que várias empresas viram uma grande oportunidade de investimento nesse setor e estão apostando no sucesso certo de seu empreendimento. Até empresas de eletrodomésticos estão iniciando atividades de empréstimos, como também há uma elevada oferta de créditos por meio da Internet ou telefone, ficando desnecessária a presença física nas empresas.

Todo esse surgimento nos faz verificar o quanto nossa população está carente de recursos e conhecimento em finanças, mas ao mesmo tempo que estimula-se o crédito e promove-se o desenvolvimento do país, se a população não tiver o controle sobre suas atitudes e contrair créditos sem necessidades e planejamento, ficará propício ao não pagamento e conseqüentemente haverá uma alta nas taxas de juros em geral. Inadimplência e juros caminham juntos.

Muito esquecida, a poupança ainda é uma garantia para um futuro financeiro tranqüilo, sem preocupações com dinheiro, e sim apenas em administrá-lo. Porém para que haja a poupança é necessário que os ganhos da população sejam maiores que suas despesas, possibilitando um capital excedente a ser guardado. A poupança deve ser usada também para adquirir algum bem à vista, tendo assim o poder de barganha nas mãos, lutando pelo melhor produto pelo menor preço.

O crédito deve sempre ser procurado como última fonte, depois de esgotado todos os recursos próprios. Para se solicitar um crédito, primeiro é preciso fazer uma auto-análise, verificando se seus rendimentos suportam os compromissos do pagamento daquele numerário e se suas necessidades básicas não ficarão comprometidas com mais aquela despesa. Após essas análises, é hora de procurar a instituição para solicitar o empréstimo. É preciso analisar todas as taxas e cláusulas antes de se assinar qualquer contrato. Em relação a quantidade de parcelas, quanto maior a quantidade, maior as chances de se tornar um inadimplente.

Para que as pessoas mais simples possam ter acesso mais fácil ao crédito, é necessário que a inadimplência caia e traga consigo os juros, e também que tenham uma base de conhecimentos sobre finanças, pois, dessa forma aumentará a procura por empréstimos planejados, contribuindo para o desenvolvimento pessoal e do país.

O principal risco dessa inserção descontrolada é um alto índice de pobreza na população. De R$ 4,2 bilhões injetados na economia recentemente, cerca de 40% de todo o crédito concedido para beneficiados do INSS foi destinado a quem recebem até um salário mínimo (R$ 260,00).

Sem educação financeira e o baixo poder aquisitivo, essas pessoas mal sobrevivem com essa ninharia que recebem e ainda terão parte desse mero beneficio descontado, ou seja, receberão cerca de R$ 182,00 (70%) do seu beneficio.

Diante de tudo isso, teremos uma gradativa mudança no quadro socioeconômico, com o aumento da criminalidade, não que a falta de dinheiro justifique, mas que infelizmente ocorre. Sendo assim, o governo terá mais despesas com programas sociais e até mesmo com a saúde, pois uma pessoa endividada fica vulnerável às doenças, até mesmo, mentais. Certamente é melhor investir em educação e cultura do que em segurança pública, portanto a educação financeira é uma necessidade emergente que precisa ser rapidamente vista pela federação.

Autor: Cláudio Boriola é Consultor Financeiro, Palestrante e Autor, especializado em Administração Financeira, Economia Doméstica e Direitos do Consumidor. Presidente da Boriola Consultoria, onde está comprometido em desenvolver um trabalho diretamente ligado às questões sociais à recuperar a credibilidade das pessoas, interferindo de forma positiva no bem-estar e na qualidade de vida, resgatando a auto-estima da sociedade como um todo.

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