Comitê quer criar novo material de divulgação para conscientizar população e veranistas, que não acreditam que os criadouros podem estar dentro de seus imóveis. Ralos, sanitários, sifões, tanques, piscinas, barcos, e o lixo em terrenos baldios ainda são criadouros do mosquito da dengue no litoral. A Dengue foi tema de discussão na sétima reunião do Comitê de Combate a Dengue do Litoral Norte, representado por diretores, técnicos e coordenadores de Zoonoses e Vigilância Epidemiológica dos quatro municípios, diretoria técnica e equipe da SUCEN - Superintendência de Controle de Endemias, Núcleo Regional de Saúde de Caraguatatuba e DIR XXI - Diretoria Regional de Saúde Estadual. Na reunião esteve presente a diretora técnica da Sucen, Celeste Cristina de Azevedo, o diretor da Vigilância Epidemiológica da DIR, Antonio Carlos Vanzeli, a diretora da Vigilância Epidemiológica no Núcleo Regional de Saúde de Caraguá, Rose Meire Cestari Jaia, a diretora técnica do CCD-Núcleo de Comunicação da secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, Cláudia Maliverni, e assessores de comunicação das quatro cidades do Litoral Norte para decidirem em conjunto como será produzido o material informativo sobre a dengue.
O Comitê pediu a ajuda dos setores de comunicação para a escolha do modelo ideal para divulgação, pois o objetivo é a prevenção e por isso os meios de comunicação a serem usados terão o desafio de conseguir informar e conscientizar, ao mesmo tempo, a população, os veranistas e também profissionais da área. Os profissionais irão se reunir com a equipe de controle da dengue no próximo dia 19 para analisarem todos os materiais impressos até agora e quais os resultados obtidos. Os técnicos trarão além da folheteria, alguns exemplares de criadouro do mosquito da dengue. A intenção dos profissionais é tentar evitar erros já cometidos nestes materiais. Segundo a diretora técnica do Núcleo de Comunicação da Vigilância Epidemiológica do Estado, Cláudia Malinverni, o trabalho de divulgação e orientação é muito importante, lembrando que o Governo de Estado direciona verbas, nesse momento, para outras campanhas inerentes ao inverno. Ela orientou o Comitê a buscar recursos na região e se colocou a disposição para ajudar, inclusive na tentativa de recursos junto ao estado. O Comitê passará a partir de agora a divulgar artigos sobre a dengue na região, no BEPA - Boletim Epidemiológico Paulista (www.cve.saude.sp.gov.br), que tem como público alvo profissionais da área e da imprensa. O primeiro artigo deverá ser assinados pelos quatro secretários municipais de Saúde. O Comitê inter-municipal, impulsionado pelos índices elevados no últimos anos nas cidades do litoral e a mudança de governo, foi criado em janeiro deste ano com o intuito de unificar o trabalho de combate a dengue já que as quatro cidades possuem características comuns. Desde que foi criado, o Comitê vem promovendo treinamento dos agentes comunitários de saúde e de zoonoses (que controlam a dengue), técnicos, médicos e enfermeiros; definiu a complementação das equipes de cada município; elaborou um plano de contingência visando o atendimento de casos de dengue, inclusive dengue hemorrágica. Segundo a enfermeira da V. E. de Caraguá, Luciana Fadel, a região precisa estar preparada para atender a dengue hemorrágica, pois o litoral já tem os três tipos de soropositivos. Para a diretora técnica da Sucen, Celeste Cristina de Azevedo, o material de informação será fundamental porque a população ainda não se conscientizou de que larva é mosquito. Na opinião dos técnicos, um dos problemas enfrentados no litoral são as casas de veranistas. Segundo a coordenadora do Plano Municipal de Controle da Dengue da Zoonoses de Caraguá, Ceci Oliveira Penteado, o material foi pedido porque nem veranistas nem moradores acreditam que dentro do seu imóvel possa haver criadouros do mosquito da dengue. "Os pneus, vasos e xaxins não são mais problemas, agora precisamos orientar sobre outros criadouros, como ralos de água pluvial, sanitários abertos, sifões de pias e tanques sem uso, latas de tinta, roupas a dias de molho (produtos de limpeza evaporam), piscinas abandonadas (casas de máquinas), lajes, calhas, barcos, lixos jogados em terrenos baldios e vários objetos utilizados pelo Aedes Aegypt".
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