Não é raro vermos empresas planejarem suas metas e, ao final do período de execução dos planos, verificarem que poucas foram atingidas. O ato de planejar não envolve simplesmente “colocar no papel” o que queremos ser, mas também a maneira como cumpriremos esses objetivos e em qual prazo. O sucesso não depende somente do alto escalão da empresa. Todos têm de estar engajados em seu papel. Somente assim, os resultados almejados serão alcançados.

O grande problema é como monitorar todo esse processo. As empresas impõem metas, mas como saber se são factíveis, utópicas ou superficiais? Será que estamos pedindo demais ou muito pouco a nossos colaboradores? O planejamento é algo vivo dentro das empresas. Tem de ser revisto continuamente. Essa é a importância dos controles.

Ao mesmo tempo, o monitoramento não pode ser encarado de forma negativa pelos colaboradores. Pelo contrário. As responsabilidades devem ficar claras, assim como a valorização dos membros em suas equipes. Tudo é um processo, desde o estabelecimento das metas até a sua execução. É crucial que cada um conheça o seu papel no desenvolvimento do plano e o cumprimento das metas.

Os gestores devem se concentrar em processos que garantam os resultados desejados e certificarem-se de que todos se prepararam e atuaram na busca do que é mais importante. O foco nas ações é o grande segredo. Não se pode perder tempo com instruções genéricas. O ganho de produtividade resulta da atenção dada a cada membro da equipe, sabendo-se o que e porque falar.

Na prática, muitas empresas deixam o urgente comprometer a busca pelos objetivos traçados. O acompanhamento das previsões capacita as empresas a realizar planos consistentes e eficazes. O segredo é garantir que o líder faça o monitoramento a cada dia e apresente a seu gerente o tempo investido e os resultados obtidos. Chamamos este ritual de “cultura de alto desempenho”, onde mensalmente são analisados os indicadores e os planos de ações, em reuniões divididas em níveis hierárquicos.

Nota do Editor: Américo Predebon é engenheiro mecânico pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) com pós-graduação em Engenharia de Segurança no Trabalho, na PUC/RS, (1989) e em “Administração de Marketing” (FGV/SP), é diretor Comercial na Qualitin desde 2011. Atuou na criação do modelo de gestão da AmBev e no projeto de fusão entre Brahma e Antarctica como líder da área de Gestão.