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SEÇÃO
Educação
05/09/2014 - 18h00
A leitura e a ampliação de repertório da criança
Viviane Flores
 

Em nossa cultura, pensamos frequentemente na formação de leitores como um hábito a ser adquirido em torno da escola e seus fazeres. Adquirir um hábito parece uma tarefa simples quando as consequências são concretas. Tomemos como exemplo os hábitos de higiene que, quando negligenciados, trazem consequências para a saúde e que, por isso, são mais religiosamente seguidos. Com a leitura, essa tarefa ganha certa complexidade.

As práticas escolares levam à exigência da leitura em situações de dependência: ler para aprender, ler para localizar uma informação, ler para conhecer uma definição, ler para ligar um tema a um conteúdo ou um objetivo didático. Na escola, dificilmente vemos a preocupação inicial de ler pelo prazer da descoberta, do pensamento criativo, do encantamento.

Os ganhos a partir de um leitor literário completo são infinitamente maiores, porque não trazem essa carga de responsabilidade apenas às práticas exigidas pelo professor. Uma atitude leitora, que pode ser espelhada também de um docente, se constrói primeiramente na dimensão estética, formando leitores apaixonados e que terão, portanto, grandes avanços em suas atividades escolares.

Esse processo de formação passa por várias etapas que podem ser planejadas pelos professores, considerando que o objetivo principal é formar o leitor. A estratégia passa pela escolha de bons textos e recursos sensoriais – como imagens e demais linguagens – aliadas à história e pelo estabelecimento do tempo de leitura diário ampliado gradativamente, assim como a complexidade dos gêneros apresentados deve aumentar.

É importante também criar acessibilidade aos livros de modo que os alunos possam escolher livremente conforme se sentirem motivados. Da etapa em que passamos da contação de histórias para a leitura compartilhada com os alunos e até a leitura individual, esse acesso mantém o ambiente preparado para a leitura.

Mobilizando a riqueza da leitura, todos os componentes dessa prática criam possibilidades de uma comunicação com o mundo muito enriquecida. O repertório de um leitor apaixonado traz elementos criativos conquistados no contato com personagens, cenários e tramas que ligam o seu dia a dia com um sentido mais amplo.

Desse modo, sua capacidade de argumentação, suas produções culturais, sua criatividade tornam-se consistentes e relevantes, sem que se tenha ensinado uma fórmula para esse resultado, apenas com a preocupação de apresentar este universo de modo prazeroso.

Ler mais e melhor em todos os lugares é ler o mundo abrindo os sentidos para o que antes nunca foi notado.


Nota do Editor: Viviane Flores é gerente educacional e coordenadora da equipe de assessoria pedagógica da Editora FTD.

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