O setor farmacêutico é de extrema importância para a sociedade. O profissional farmacêutico é tão importante quanto e deve ser valorizado como tal. O farmacêutico realiza pesquisas e atua no preparo de medicamentos, cosméticos e produtos de higiene pessoal, além de examinar e testar substâncias e princípios ativos que entram em sua composição, observando as reações provocadas no organismo. O farmacêutico também atua no registro de novas drogas, faz a distribuição e comercialização dos produtos e verifica se chegam ao consumidor dentro das normas sanitárias. Quando o local de trabalho são os laboratórios de análises clínicas, fazem pesquisa, registro e realizam exames clínico laboratoriais e toxicológicos para auxílio do diagnóstico e acompanhamento de doenças. Em farmácias, além do preparo de fórmulas personalizadas, ainda atendem à população, orientam e dispensam muita humanização no tratamento aos clientes da farmácia. É exatamente por todas estas atuações que o farmacêutico deve ser valorizado como profissional.

A categoria clama por valorização salarial e melhorias nas condições de trabalho. Na última semana de agosto foi celebrado as Convenções Coletivas de Trabalho do Sincofarma/SP, juntamente com a Fecomerciários (Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo), os Sinprafarmas e demais Sindicatos filiados. A nova convenção tem vigência até 30 de junho de 2015. Destaque para o reajuste salarial em 7,6% a título de atualização salarial.

O aumento significa ajuste real de 1,54% somado ao índice do INPC/IBGE de 6,06%, do período entre 1/7/2013 e 30/6/2014. A data base é 1º de julho. O novo piso salarial para balconista comissionada ou não é de R$ 1.442 para atacado e R$ 1.436 para varejo, já para empregados em geral o novo piso salarial no atacado é de R$ 1.031 e varejo R$ 1.024. Durante as negociações também foram aprovadas questões sociais como a garantia de emprego de 30 dias após o retorno de férias e o auxílio creche com o valor reajustado para R$ 179,00.

Os sindicatos dos trabalhadores e patronais devem ser ativos na defesa da valorização da profissão, uma vez que o governo estadual deixa a desejar. Na categoria farmacêutica, o patronal quase sempre é o profissional farmacêutico que muito suou para abrir o próprio empreendimento. Daí a união.

O valor de um trabalhador não está apenas no salário que recebe mensalmente ou nos benefícios que as empresas oferecem. A valorização da categoria está também no respeito à jornada de trabalho, nas condições de trabalho, no fim do assédio, na harmonia do clima de trabalho cotidiano, no tratamento recebido pelos atendidos e na valorização por parte dos proprietários de farmácias e drogarias. Trabalhador reconhecido e valorizado trabalha melhor e rende frutos valorosos.

Nota do Editor: Richard Casal é jornalista e coordenador de comunicação da Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (COBAP).