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Ubatuba
30/09/2014 - 08h07
A água nossa de cada dia
José Ronaldo dos Santos
 
Arquivo JRS 

Para a saúde do nosso corpo existe uma infinidade de veias, artérias e vasos sanguíneos. Se por infelicidade um mínimo entupimento ocorrer, a nossa existência estará comprometida. No meio ambiente também é assim. Daí a necessidade de preservar e valorizar o mínimo olho d’água e os lugares a marejar que se encontram pelos caminhos do nosso município (Ubatuba – SP). Não convém se descuidar de que é urgente um desenvolvimento sustentável porque os recursos não são infinitos.

Na nossa realidade caiçara, as mudanças foram ao extremo. Quando eu nasci, há mais de meio século, todos se serviam dos rios para as muitas tarefas. Na casa dos meus avós paternos, na Praia do Sapê, o rio volumoso e piscoso ficava bem “próximo da porta da cozinha”. Foi lá que conheci marisco do rio (sururu), enguia (mussum), cágado, jundiá, mandi, cafula, camarão vadio, lagosta, piaba e tantos outros complementos da nossa alimentação. Já na Praia da Fortaleza, onde moravam os avós maternos, além do rio encachoeirado de muita serventia, a água “vinha de longe” até no cisqueiro, em calhas de bambu. Era debaixo de uma enorme pedra que brotava aquela água cristalina. Hoje, nesse lugar, uma estrada cortou o terreno e destruiu tudo. Já não aflora água alguma. Perdeu o homem, perderam os outros bichos e danou-se a vegetação que ali existia. Ou seja, além da vida humana, é preciso um desenvolvimento capaz de atender aos demais seres. Assim escreveu Leonardo Boff: “Todos constituem uma comunidade planetária em que estamos inseridos, e, sem eles, nós mesmos não viveríamos”.

A propósito, interessa aos moradores de Ubatuba: escutei, no posto de combustível do Bairro do Ipiranguinha, alguém afirmando que o governo estadual está com projeto em andamento para construir uma captação de água no município vizinho de Natividade da Serra, no lugar chamado de Balsa. Isso quer dizer que os rios com nascentes na Serra do Mar, antes de se encontrarem na represa de Paraibuna, devem dar um alívio aos paulistanos. Porém, volto a repetir: os recursos não são infinitos. Daí a preocupação de replantar água, de proteger os mananciais e de retomar atitudes que respeitem o meio ambiente.

Desde já é bom se preocupar com a seguinte situação: caso persista a falta de chuva no território paulista, o fluxo de turistas para as represas deve cessar na próxima temporada (dentro de três meses). O litoral pode ficar saturado de visitantes. A questão é: a captação atual dará conta do recado? Um conselho: cuidar dos nossos rios e garantir uma reserva de emergência em seu terreno.

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