Em várias ocasiões eu já passei parte da noite na Santa Casa de Ubatuba, bem no centro da cidade. Num final de semana desses, acompanhando o meu sogro que estava com fortes dores, permaneci ali na portaria por um bom tempo. Enquanto esperava o atendimento médico, fui vendo coisas desagradáveis: dois jovens chegaram baleados, um jovem bêbado queria entrar de qualquer forma para visitar a filha que estava nascendo, um mendigo parecendo embriagado gritava sentado na parede externa do edifício etc. Além desses inconvenientes ali, ainda tinha carros passando com som em altíssimo volume, motos acelerando bem em frente e jovens que deixavam a avenida por volta das quatro horas da madrugada na maior algazarra, dizendo palavrões e contando vantagens da noite. Tudo gente, mas muitos “sem-noção”. Num lugar assim, onde o silêncio é mais valioso, não poderia faltar nunca um policial para inibir abusos semelhantes ao praticado pelo jovem bêbado que destratou os atendentes. Já na questão do barulho da rua, talvez até fosse o caso de, após determinado horário, aquele trecho da rua ser impedido ao trânsito de veículos. Em relação aos jovens que passam por ali, trata-se de falta de respeito aos que se encontram sofrendo. Só uma boa educação poderá resolver isso. E lembre-se: hoje é o outro, mas amanhã pode ser você que estará internado na Santa Casa. Gostei da solução que o Juninho deu ao caso do mendigo que gritava: ameaçou de jogar água fria caso ele não parasse com a barulheira. Imediatamente ele sumiu dali. Quem disse que pessoa assim não sabe o que faz?
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