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Educação
29/10/2014 - 18h01
Mudanças tecnológicas e trabalho
Wanda Camargo
 

A velha história do rei que visitou um canteiro de obras e perguntou a três operários, envolvidos na mesma tarefa, o que faziam, e obteve como respostas: “carrego pedras”, “ganho a vida” e “construo uma catedral”, é citada frequentemente, valorizando-se a terceira resposta como exemplo de visão holística. Todas elas estão certas, todas expressam aquilo que é importante para quem responde, no seu trabalho, momento ou prioridades.

No ambiente fortemente competitivo do mundo laboral, drasticamente afetado pelas mudanças na economia mundial, política e impactos da tecnologia, em que trabalhadores são considerados “capital intelectual” e diferencial na capacidade de desenvolvimento do país, certamente o estudo, mais do que nunca, desempenha papel crucial na capacidade para o exercício profissional.

A instrução assume então uma nova importância, não apenas com a graduação e pós-graduação, mas com cursos complementares, como idiomas, informática, novos processos, cultura geral, em qualquer nível e etapa da existência. Certamente não por diletantismo, o objetivo das melhores instituições educacionais não é formar eruditos e sim cidadãos, profissionais, pesquisadores, pessoas melhores do que eram quando iniciaram o processo.

Tampouco é finalidade da academia a formação de revolucionários; quando são necessários, ou inevitáveis, os revolucionários verdadeiros nascem por uma espécie de autogeração, não são criados. Rebeldes produzidos em série, carbonários de proveta, manifestantes remunerados, são apenas pobres imitações manipuladas dos autênticos inovadores sociais.

O “lugar do passado”, era como a filósofa Hannah Arendt definia a escola, significando que seu primeiro compromisso é com o já conhecido e estabelecido, condições básicas para a que a renovação possa ocorrer. Nenhum grande cientista revelou-se antes de conhecer o preconizado pela ciência antes dele, todos os artistas que promoveram alterações na forma de conceber a pintura, escultura, música, ou qualquer manifestação das belas artes, conheciam e dominavam as técnicas que sobrepujaram.

O novo vem pela atualização dos saberes, das técnicas ultrapassadas, dos velhos modos de fazer. Para isso estudamos: para conhecer profundamente o que já foi feito e pensado, e melhorar o que for possível, criar novas formas, diferentes estéticas, aprimorar as relações sociais e a maneira de exercer as profissões. O cenário global é de valorização das questões da sustentabilidade, geração de novos empregos e renda, e democratização das oportunidades sem esgotamento dos recursos naturais, o que representa um imenso desafio.

Nas escolas, a universalização dos recursos computacionais e a possibilidade de disponibilizar tarefas ou conteúdos à distância, o novo desenho dos trabalhos em grupo que as atuais ferramentas propiciam, levam necessariamente a novas maneiras de pensar, de aprender, de ensinar, de viver.


Nota do Editor: Wanda Camargo é assessora da presidência do Complexo de Ensino Superior do Brasil.

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