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SEÇÃO
Economia e Negócios
29/03/2015 - 19h18
Sustentabilidade e as pequenas e médias empresas
Reinaldo Dias
 

A concepção de desenvolvimento sustentável formulada pela Comissão da ONU e divulgada no relatório “Nosso Futuro Comum”, em 1987, norteou as discussões sobre o crescimento econômico desde então, como uma nova via de desenvolvimento assentada no tripé crescimento econômico, proteção ambiental e inclusão social.

Nesse contexto, o conceito de economia está alicerçado em novos valores, onde o aumento de renda e a criação de postos de trabalho têm origem nos investimentos públicos e privados destinados a reduzir as emissões de carbono e a poluição, em promover a eficiência energética, bem como a utilização racional dos recursos, evitando a perda da biodiversidade e de serviços prestados pelo ecossistema.

Essa economia sustentável tem adotada a terminologia de “verde” para diferenciá-la da tradicional considerada “marrom”, pois esta não aborda de modo suficiente problemas de desigualdade social ou de esgotamento dos recursos naturais e está baseada na utilização de energia gerada pelos combustíveis fósseis. Nesse sentido, a sustentabilidade é um objetivo vital para a continuidade da existência da humanidade, e para atingi-la é necessário se adotar uma economia verde.

O envolvimento das pequenas e médias empresas (PMEs) com práticas associadas à economia verde é fundamental para a sua sobrevivência no mercado em médio prazo, pois há uma forte tendência de aumento da demanda por sustentabilidade e responsabilidade social.

Levando-se em conta a necessidade de ganhos empresariais, há, pelo menos, três aspectos essenciais que implicam na necessidade de maior envolvimento das PMEs com práticas sustentáveis. Em primeiro lugar, a pressão da sociedade tende a se tornar mais forte, em decorrência do aumento da conscientização e do agravamento da crise ecológica, em consequência também a legislação tende a ficar mais rigorosa e mais efetiva.

Em segundo lugar, muitas PMEs integram a cadeia de valor de grandes empresas e estas, pela sua maior visibilidade econômica e social, são as primeiras a reagir às pressões para manter sua competitividade, e nesse sentido, estão exigindo cada vez mais que seus fornecedores e empresas contratadas que integram sua cadeia produtiva adotem estratégias de gestão sustentável. Neste final de ano será lançada a nova ISO14001 que incluirá os fornecedores na avaliação do sistema de gestão ambiental, o que aumentará a pressão sobre as PMEs.

Em terceiro lugar, há uma forte tendência de maior integração da máquina dos governos em práticas de responsabilidade social, o que deve levar as administrações públicas a incorporarem iniciativas de compras sustentáveis e de responsabilidade social, o que implicará na seleção de empresas que participem de licitações públicas com base nos seus compromissos efetivos com a economia verde.


Nota do Editor: Reinaldo Dias é professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas, mestre em Ciência Política e doutor em Ciências Sociais pela Unicamp.

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