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SEÇÃO
Economia e Negócios
30/03/2015 - 16h03
O empreendedorismo em tempo de crise
Pedro Carlos de Carvalho
 

De acordo com a Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil registrou 17,5% de empreendedores em estágio inicial (entre 18 e 64 anos) em 2010, considerada a maior taxa em comparação com outros 59 países. Esses resultados demonstram a vocação empreendedora dos brasileiros, que já somam 21,1 milhões, atrás apenas da China, em números absolutos.

O número de brasileiros que optam pela troca do trabalho em uma empresa para a montagem de um negócio próprio cresce consideravelmente no país. Desta forma é possível ressaltar que sem empreendedores não existirá desenvolvimento.

No entanto, vivemos atualmente momentos de muita movimentação e transformação em todos os segmentos da sociedade. A realidade econômico-financeira do país exige muita análise, cautela, objetividade e inteligência dos empresários e empregados, assim como dos empreendedores.

A análise de indicadores governamentais aponta para a diminuição temporária da geração de empregos; queda na evolução da produção e nas vendas; reajuste nas tarifas de energia, combustíveis, moeda estrangeira, juros etc.

Assim, é recomendável atenção a duas significativas premissas fundamentais para a gestão dos negócios:

1– Revisão das práticas e estratégias

2– Foco nas oportunidades

A primeira representa a obrigatória análise, reflexão e adoção de medidas que contribuam para o enfrentamento da situação atual, sem impactos nos custos e nos planejamentos estratégicos estabelecidos.

Um exemplo a ser citado é a contratação de novos empregados, que acarreta o aumento do custo da folha de pagamento e dos encargos sociais, que compreendem um conjunto de despesas mensais com taxas e impostos a serem obrigatoriamente recolhidos ao governo e também para a provisão contábil dos encargos trabalhistas, que envolvem o controle dos custos atinentes ao pagamento de benefícios legais, instituídos por lei e vigentes no país, como férias, FGTS, DSR – Descanso Semanal Remunerado e o 13º salário.

Outra análise necessária às operações desenvolvidas pelos empreendedores recai para a difícil tomada de decisão sobre eventuais demissões. A rescisão de um contrato de trabalho também requer uma prioritária avaliação econômico-financeira, pois são incluídos os custos da rescisão do vínculo empregatício, que englobam 40% do FGTS e demais verbas rescisórias.

Desta forma, todos os empreendedores que mantém empregados em seus negócios devem se preocupar com os valores inclusos nos encargos sociais e trabalhistas, para não incorrerem em problemas maiores posteriormente.

A revisão de práticas e estratégias dos empreendedores merece ocupar um lugar de destaque durante o desenvolvimento de suas atividades e operações.

Na segunda premissa, os empreendedores devem agir, rapidamente e eficazmente, para a busca de alternativas e novos caminhos para a inovação, criatividade e a introdução de novas estratégias para a operacionalização de suas atividades.

Se os tempos são de crise, podem surgir oportunidades para a abertura de novas possibilidades de negócios, bem como para o crescimento e consolidação das operações de empreendedorismo.

Os empreendedores podem e devem refletir sobre suas atividades, trabalhando intensamente para o reforço de suas estratégias, como por exemplo: treinamento de seus empregados; melhoria das formas de atendimento ao cliente; novas formas de divulgação de seus produtos ou serviços; ampliação do número de clientes ou áreas de atuação; reestruturação dos padrões de preço e qualidade oferecidos; reflexão necessária e imediata para questões econômico-financeiras; avaliação de seus fornecedores; redução de despesas; objetividade em seus planos de negócio etc.

Os tempos são difíceis para todos mas os empreendedores que implementarem as necessárias revisões de suas práticas e estratégias e manterem o foco nas oportunidades é que poderão obter o sucesso em seus negócios.


Nota do Editor: Pedro Carlos de Carvalho é professor da pós-graduação da Faculdade Anhanguera de Indaiatuba.

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