07/08/2025  11h41
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Economia e Negócios
09/04/2015 - 18h01
Líder: olhos, ouvidos e coração de uma empresa
Alexandre Slivnik
 

Mês passado ocorreu um fato que não podemos deixar de debater, principalmente para quem trabalha no segmento de gestão de pessoas. Trata-se do acidente aéreo da Germanwings. Atestados e avaliações impediriam o copiloto de voar naquele fatídico dia. Ao invés disto, escondeu da família, da empresa e dos colegas de trabalho que precisava “se cuidar”.

Nas matérias publicadas, foi divulgado também que o copiloto teria tido uma depressão ligada ao esgotamento profissional em 2009, conhecida como síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional. A principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.

Porém a ideia neste artigo não é discutir o acidente e nem se o copiloto estava saudável ou não. Afinal, não sou um especialista em aviação mas sim em gestão de pessoas. Quero chamar a atenção sobre como são conduzidas as relações de trabalho. A importância do líder de ouvir, ver e sentir a sua equipe. Motivar com altos salários já não basta, porque cada colaborador é único e necessita da atenção de seu “chefe”, independente do porte da empresa que trabalhe. Esse cuidado é fundamental, afinal no caso do acidente, um “vamos conversar?”, “o que está acontecendo?”, “você precisa de algo? ” Mudaria a história de mais de 150 pessoas. 

Nem todo talento, nem todo o profissional extraordinário consegue encontrar o seu caminho na primeira tentativa. Nem sempre a organização dá as condições de que o colaborador necessita para demonstrar todo o seu talento e assim atingir o crescimento ou reconhecimento profissional que tanto almeja.

Infelizmente, boa parte das empresas estão preocupadas somente em contratar bons profissionais e retê-los. O que vemos é que ainda as organizações estão desprezando a importância da valorização de seus próprios colaboradores. Não reconhecem um bom profissional, investem pouco em seu treinamento e não pensam duas vezes antes de cortar pessoal, quando a ordem é cortar custos ou programas de carreira e pacotes de incentivos. Esses, estão cavando a própria sepultura, porque estão na contramão do que o mercado dita. Os prejuízos e esses erros podem se tornar imensos para a organização e desestimulantes.

Um outro fato que merece destaque dentro deste tema, foi um dado curioso que descobri durantes as pesquisas que realizei para escrever meus livros. Somente 41% das pessoas afirmaram ter potencial para ser insubstituíveis e extraordinárias. Se você não acredita, não pode fazer. Entretanto, se essas pessoas se depararem com uma organização que imprima novos conceitos, e faz com que a sua equipe acredite em algo maior do que as atividades diárias, essa realidade muda! E mudará também essa autoestima.

Desta forma, os colaboradores passarão a enxergar sentido e valor do trabalho que ele desenvolve, agregando valor ao negócio e surpreendendo a cada dia com os benefícios que trará para a empresa. Se sentirá feliz, realizado, motivado... e com seus conflitos internos resolvidos.

Outro ponto a destacar é a resolução e antecipação dos problemas. Para isso, os líderes não podem ter medo de se deparar com um problema. Ele não é uma coisa ruim, mas uma oportunidade de crescimento. Antecipar um problema é prestar atenção em tudo ao seu redor e perceber o que pode ser um transtorno e encontrar uma solução para isso, antes mesmo do pedido de ajuda.

Um líder deve estar sempre atento e disposto a ajudar, dentro e fora da organização e por fim, também deve trabalhar para criar uma conexão emocional entre a equipe e a empresa. Não se trata apenas de ter bons produtos ou serviços e atender de forma decente. Isso é o mínimo. Se conectar emocionalmente é se comunicar intimamente é essencial.


Nota do Editor: Alexandre Slivnik iniciou carreira aos 16 anos na ABTD – Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento, onde tomou paixão pelo universo de treinamento e desenvolvimento. Neste período, formou-se em Educação Física pela Universidade Mackenzie, com ênfase em Qualidade de Vida Empresarial e aprendeu ainda mais sobre esta área desenvolvendo importantes projetos em treinamento. Tornou-se, anos mais tarde, diretor executivo da ABTD, responsável pelo setor de eventos que desenvolve o maior congresso de treinamento da América Latina, o CBTD. Autor do livro best seller “O Poder da Atitude” (Editora Gente, 2012), e com 17 anos de experiência na área de RH e Treinamento; um dos maiores especialistas em excelência Disney no Brasil fez diversos treinamentos com o Disney Institute sobre os temas: excelência em liderança, inovação e criatividade, qualidade em serviços e excelência em negócios; palestrante internacional com experiência nos EUA, África e Japão.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "ECONOMIA E NEGÓCIOS"Índice das publicações sobre "ECONOMIA E NEGÓCIOS"
30/12/2022 - 05h36 Para crescer é preciso investir
27/12/2022 - 07h35 Crise e escuridão
20/12/2022 - 06h18 A inovação que o Brasil precisa
11/12/2022 - 05h50 Como funciona o treinamento de franqueados?
06/12/2022 - 05h49 Aplicações financeiras
05/12/2022 - 05h54 Cresce procura por veículos elétricos no Brasil
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.