A trilogia escrita pela E. L. James se tornou um sucesso entre grande parte da mulherada e não demorou muito para virar filme. Muito questionado, por alguns, o motivo de tanta repercussão de um livro com a historinha de uma jovem virgem que se envolve com um magnata sadomasoquista, conseguiu repercutir de forma intensa.

A sexóloga, Carla Cecarello, do site de encontros casuais C-date (www.c-date.com.br) explica que o êxodo da trilogia está na mistura da história de amor clássica com passagens sexuais explícitas. As mulheres cansaram daqueles romances “água com açúcar” e estão, cada vez mais, a procura de cenas picantes que as ajudem a extravasar suas fantasias.

Por outro lado, ainda existe todo o romantismo que envolve as mulheres, o conto de fadas que elas cresceram ouvindo. O livro/filme traz esse conto de fadas com um tempero de submissão, o que aproxima as leitoras. Existe ainda uma história de amor, mas também relações sexuais, que é o que acontece em todos os relacionamentos e o que as mulheres estão querendo ver, cada vez mais.

“O sucesso não está no desejo das mulheres serem submissas, pelo contrário. O sucesso está em aflorar as fantasias femininas, isso que é o excitante”, destaca Carla Cecarello. O feminismo está abrindo mais espaço para liberação sexual das mulheres. Hoje, elas podem escolher como querem viver o sexo e, consequentemente, terem mais prazer. Isso inclui a liberdade de viver uma relação sem compromisso, como é o caso do sexo casual, que faz parte da fantasia de algumas mulheres.

A trilogia “50 Tons de Cinza” apareceu junto com essa procura de liberdade sexual da mulher. A popularidade desse título ajudou muitas mulheres a descobrirem e aproveitarem o erotismo, os brinquedos eróticos e até a pornografia. Isso representa que a mulher está conseguindo quebrar alguns tabus da sociedade, sair do seu “mundinho” de que “nada pode porque é feio”, o que é fantástico em todos os quesitos.

Para a sexóloga isso também deve impactar no comportamento dos homens. “Os homens também precisam responder às mudanças e o filme pode intensificar essa necessidade. Há duas possibilidades nesse caso, ou eles podem gostar ou podem ficar assustados! Mas, nada que uma boa conversa não ajuste os ponteiros da relação”, orienta Carla Cecarello