Progresso sem precedente vem sendo observado nas áreas científicas e tecnológicas, provocando mutações em conhecimento, principalmente com os avanços da informática, ou poderíamos dizer, a “inteligência artificial”. Com o desenvolvimento científico e tecnológico, em sentido amplo, o conhecimento tem se tornado obsoleto em períodos de curto prazo, exigindo uma aprendizagem contínua e permanente. Consequentemente, torna-se indispensável o desenvolvimento de habilidades que ajudem o indivíduo a se adaptar ao novo e às circunstâncias marcadas pela mudança, incerteza e complexidade. Apesar de estarmos vislumbrando um novo milênio, a maior parte das escolas qualifica o indivíduo apenas parcialmente para a vida moderna, permanecendo o ensino nos mesmos moldes da primeira metade do século, com a ênfase na reprodução e memorização do conhecimento. O que o futuro espera da educação tem sido objeto de análise e reflexão por parte de educadores dos mais diversos continentes. Muitos destacam a necessidade de uma maior abertura na educação para o desenvolvimento de um leque amplo de competências e qualificação, preparando indivíduos que sejam capazes de resolver problemas com destreza e rapidez. Procedimento que exige mudança de atitude e de pensamento a respeito da função da educação da sociedade, paralelamente às novas metodologias e abordagens de ensino. No caso brasileiro, o principal responsável pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), Andreas Schleicher, vice-diretor da Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) disse há anos que o Brasil precisava copiar práticas que dão certo em outros países para deixar de vez o grupo dos piores, situação que ele conhecia não apenas por estatísticas, mas por suas viagens ao Brasil. A origem deste fato vem da base de formação e, portanto, fomentar a leitura, conclusão e espírito crítico, deve ser estimulado para alimentar a capacidade de raciocínio, expressão em linguagem e conversação dos alunos. Além disto, o investimento em educação também é pouco, em comparação com outros países, e as verbas poderiam ser melhores empregadas para colocar o Brasil numa posição melhor e mudar essa verdade incômoda. Nota do Editor: Miguel Zacarias Neto é formado em Economia, pós-graduado em Marketing e faz parte do corpo docente da Faculdade Anhanguera de Caxias do Sul.
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