O museu virtual ou a virtualização dos museus estabelece um canal de comunicação e diálogo entre os visitantes e os objetos expostos. Não precisamos ir ao Museu do Louvre, na França, para conhecer o famoso quadro de Leonardo da Vinci, a Mona Lisa (La Gioconda – 1503-1506). Podemos olhá-lo em várias perspectivas, cor e detalhes em um computador, estando em qualquer lugar do Brasil, do Oiapoque ao Chuí. Há também a possibilidade de formação de grupos de interesses especiais e de projetos intermediados no e pelo museu, que reencontra assim, seu papel de foro especial de ponto de encontro de toda a sociedade. Em comemoração a 13ª Semana de Museus destaca-se a questão da Educação em museus a qual possui um importante foco de interesse na atualidade, tanto no que diz respeito ao seu papel social, quanto no que se refere às práticas realizadas nesses espaços e suas possíveis reflexões. Percebe-se o interesse não apenas na organização e preservação de acervos, mas também na ênfase da compreensão, desenvolvimento e promoção da divulgação, bem como na formação de público, como forma de disseminar conhecimentos por meio de uma ação educativa. Visando a democratização e fortalecimento, enquanto estratégia educativa, a função educativa em museus destacou-se e passou a ter relevante papel no que diz respeito à política educacional e cultural atual, enfatizando a visão conferida ao museu de reinterpretar os documentos, as obras e o ambiente, bem como o seu papel educativo mais amplo. O museu, em especial o de Arte, se torna o templo de fascinação, dentro do qual cada nação enaltece os tesouros que possui e, implicitamente, também fortalece o seu status perante as demais. A exposição dos objetos justifica-se, então, enquanto uma fundamentação sócio-cultural, a qual possui um papel significativo no processo de construção simbólica e de identidade da sociedade que o museu visa promover. O conceito de museu virtual adentra um estágio de maturidade, com a constatação de que se constitui em uma forma alternativa de expressão e de ação, além de um campo de inovação, propício a novas experiências museísticas, bem como à pesquisa acadêmica e científica e a apreciação em geral. O principal traço distintivo do museu virtual seria a capacidade de interconectar toda informação disponível, além de conectar os usuários a esta informação. Na prática essa capacidade assume a forma de recursos interativos multimídia, de participação em comunidades de usuários de interesses comuns transcendendo limites geográficos. Nota do Editor: Aglay S. Fronza Martins é pedagoga, especialista em Museus de Arte e coordenadora do curso de Pedagogia da Faculdade Anhanguera de Campinas – Unidade Taquaral.
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