Dia 6, o novo panelaço acompanhou a propaganda política do Partido dos Trabalhadores. Passado o primeiro semestre do novo mandato, o governo Dilma continua sem rumo, sem liderança e com as condições políticas deteriorando-se a cada dia. Se a situação não está insustentável é por conta de estarmos em compasso de espera: o julgamento das contas pelo TCU e as próximas ações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Com 71% de desaprovação, Dilma finca seu nome na História republicana, numa página triste e melancólica. A fala e o silêncio, em política, são importantes, sempre. Intrigante são os sinais dados pelo vice-presidente e coordenador político do Governo, Michel Temer: há que se ter alguém capaz de “reunificar a todos”. A sua fala, obviamente, gerou mal estar no Planalto, mas não trouxe nada de novo: Dilma é presidente de direito, mas, há muito, já não é de fato. Que as forças democráticas deste país tenham a inteligência e senso republicano para equacionar e superar esse quadro político em tela. Nota do Editor: Rodrigo Augusto Prando é cientista social, Mestre e Doutor em Sociologia pela Unesp. Professor e pesquisador da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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