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Caiçara: A palavra Caiçara é de origem Tupi, que significa lugar cercado, espécie de cerco de pesca. A etnia caiçara está situada na faixa litorânea brasileira compreendida entre o sul fluminense (Angra dos Reis - RJ) e o norte paranaense (Paranaguá - PR), nesse meio encontra-se todo o litoral do Estado de São Paulo. - Não somos nós cercados pela serrania da Mata Atlântica? Então! O caiçara é um brasileiro, mistura do índio dono da terra, do português colonizador e do africano escravo; sua formação deu-se após a decadência do grande ciclo econômico colonial, que não tendo para onde ir, se adaptou entre a serra e o mar, fortalecendo-se em colônias e vivendo da atividade agrícola, caça, pesca, extrativismo e do artesanato. Terra hostil, mas de farta beleza: praias, ondas, cachoeiras, florestas, pássaros, peixes,... Foi isso que atraiu a especulação imobiliária, expandiu-se a construção civil, imigrantes a chegar e parques a formar; tudo em contradição com a vida ingênua e pacata do caiçara. Ser caiçara não basta apenas ser nascido em terra caiçara, como muitos pensam! Não! Ser caiçara é ser algo que transcende o conhecimento, a formação e a comodidade atual. É algo de sentimento, de espiritualidade, de raiz e de identidade! Perdendo-se essas qualidades, desaparece um povo. Nos dias atuais o caiçara já é considerado “povo em extinção”. Cultura Caiçara: A Cultura Caiçara é rica em todos os seus aspectos: música, dança, culinária, lendas, religião, pesca, artesanato etc. Para não deixar esquecer e morrer no tempo, a Cultura Caiçara, há tempo, vem sendo alvo de pesquisas e documentários. Recentemente foi lançado a Enciclopédia Caiçara, projetada pelo antropólogo, professor e doutor, Antonio Carlos Diegues – NUPAUB/USP. O Projeto “Caixara”: O Projeto “Caixara” vem, dentre outros, resgatar, manter e preservar a cultura caiçara. Trata-se de promover a cultura caiçara através da leitura de causos, contos, crônicas e poesias, criadas pelo escritor caiçara Julinho Mendes. “A ideia” é mostrar essa literatura dentro de caixas de fósforos, onde cada caixinha será toda decorada e conterá um texto do autor. O personagem: Será criado o personagem “caixara”. O autor, caiçara como é, se caracterizará de um típico pescador caiçara com seu balaio (cesto de cipó), que trará as caixinhas com os textos e se apresentará, cantando, contando causos e falando sobre a cultura caiçara em escolas dos municípios, feiras literárias, festas culturais e eventos em geral, divulgando assim os aspectos da cultura caiçara. O autor: Júlio César Mendes - Julinho Mendes, 53 – Caiçara natural de Caraguatatuba (gerado, vivido e vivendo em Ubatuba). Professor de Matemática e técnico em Agrimensura. Escritor, cantor e compositor, pintor primitivista, brincante e amante da cultura caiçara.
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