Nos últimos quatro anos, a inflação dos alimentos chegou perto dos 50%. Significa que o que custava R$ 10,00 em 2011, hoje, fica na casa dos R$ 15,00. O mesmo prato de comida ficou cerca de 50% mais caro. O Datafolha, em conjunto com a ASSERT, realizou uma pesquisa mostrando quanto o brasileiro paga pelo prato, bebida, sobremesa e cafezinho. A combinação custa, em média, R$ 27,36. Para um trabalhador que almoça fora de casa nos 22 dias úteis de cada mês, a conta chega a R$ 601,92 – quase um salário mínimo. O desafio para cada um dos brasileiros é grande. Temos desemprego aumentando, inflação subindo, salários congelados e a perspectiva de melhora está longe. Diante deste cenário, se quiser diminuir gastos, o brasileiro precisa iniciar uma mudança de hábito mais ativa. Comprar com mais consciência, buscar opções com melhor custo-benefício, explorar novas alternativas de consumo e, principalmente, fazer conta. Um trabalhador que economiza R$ 5,00 por dia em sua refeição chega a mais de R$ 100,00 por mês e pelo menos R$ 1.200,00 em um ano. Essa economia pode ser a manutenção de um carro, o pagamento de uma dívida, a viagem de final de ano, a compra de material escolar ou até mesmo um consumo maior para toda a família no período das festas de final de ano. Todos podem e devem contribuir: uma família com quatro membros, ao comer fora quatro vezes por mês, consegue reduzir seus gastos sem abrir mão dos momentos de lazer. Os R$ 5,00 a menos por pessoa viram R$ 80,00 por mês ou R$ 960,00 ao ano. Cada centavo conta. No ramo da alimentação, alguns segmentos têm estratégias e percepções que não facilitam a economia do consumidor. Nos restaurantes por quilo, muitas vezes, fica difícil mensurar o preço final. Diversos estabelecimentos trabalham com o preço por 100 gramas, atraindo o consumidor por R$ 3,90, por exemplo. No entanto, o consumo de 700 gramas – valor aproximado de um Prato Feito – chegaria a R$ 27,30 e, adicionando uma bebida, o valor ultrapassaria R$ 30,00. Ou seja, um preço bem superior à média nacional. Um restaurante por quilo, para ficar abaixo da média nacional, deveria cobrar R$ 2,90 por 100 gramas. Outra ferramenta utilizada pelos restaurantes é atrair o consumidor pelo preço da proteína sem acompanhamentos. Imagine que uma picanha custa R$ 20,00 e que a adição de cada acompanhamento equivale a R$ 3,00. Uma picanha com arroz, feijão e fritas sairia por R$ 29,00 sem bebida. O importante é ficar atento e, principalmente, calcular a compra. Para o consumidor, um dos destinos mais interessantes para economizar é ir à praça de alimentação. A elevada concorrência no local e a presença das grandes redes possibilitam ao brasileiro uma rápida pesquisa e o aproveitamento de promoções características do setor. Há, inclusive, opções de hambúrgueres com preços abaixo de R$ 6,00 e pedaços de pizza por menos de R$ 10,00. Normalmente as grandes redes fazem bastante propaganda das mais saborosas e acessíveis escolhas. Para o almoço do dia a dia, os pratos saem na casa de R$ 11,00: são os Pratos Feitos completos, com proteína, arroz e feijão, ou mesmo massas e saladas. É possível combinar prato, refrigerante e sobremesa por menos de R$ 20,00. Os R$ 5,00 diários a menos se tornam uma economia saborosa. A variedade é outro grande benefício. Na praça, encontram-se asiáticos, italianos, americanos e árabes, além do autêntico arroz com feijão brasileiro. Tempos difíceis são tempos de escolhas certas. Fazer a comida em casa seria uma outra opção, mas envolve tempo, compra de insumos, armazenamento e conhecimento de preparo. Nos dias de hoje, principalmente nas cidades grandes, a praticidade é um bem valioso. Busca-se agilidade e facilidade para todas as tarefas. A melhor opção para o consumidor é desfrutar da variedade, sabor e competitividade das grandes redes. Hoje, a melhor escolha para quem come fora de casa é a praça de alimentação. Nota do Editor: Ricardo Guerra é Diretor de Marketing do Giraffas®.
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