Os juros - taxas cobradas sobre o capital emprestado/empregado - são na verdade, um rendimento para o capital improdutivo, que em geral é cobrado sem princípios humanos. É um valor estipulado sobre o capital e controlado pelo governo. Infelizmente, mantém o domínio da demanda e da produção, ou melhor, do capital produtivo, sob controle que provoca a recessão na economia, desemprego, aumento da concentração de renda dos ricos, num jogo com regras em que poucos ganham e a maioria perde, somente para corrigir o capital em beneficio de poucos. Esse jogo é aceito e estipulado pelo governo ao se povo, num corporativismo e assistencialismo para exercer o controle do social pelo capital.

"Quando vamos questionar sermos, uma simples peça que nos usam? Precisamos ser parceiros para manter-nos em contínua atividade e combater a pobreza e a fome sem doações, mas com trabalho para cumprir com o maior dever social, gerá-los sem assistencialismo nem paternalismo. Mas o problema é que os nossos governantes ficam na dependência econômico-financeiro dos países ricos", declara a estudiosa Rosalvi Monteagudo.

Os juros sobem para que? Controlar a inflação? Qual o retorno ao social? Qual o embasamento? Não há uma preocupação socioeconômica? "Se não organizarem o mercado de trabalho e a distribuição de renda, simplesmente continuarão com esses jogos sujos de controlarem os juros e repassarem para os empréstimos que prejudicam o consumo e o crescimento da economia. É preciso rever essas regras e torná-las mais humanas", afirma Rosalvi Monteagudo.

As regras são processadas sem interesse da coletividade que os submetem sem conhecê-las. Vejamos as regras dos JUROS. Pôr definição é uma remuneração feita ao capital aplicado e/ou emprestado, em geral varia o valor do retorno do dinheiro pelo tempo. Isso é chamando de taxa. É usada para avaliar o empréstimo de quem possui e quanto maior melhor para esse. Infelizmente esses são os beneficiados uma vez que aumentam a concentração de renda num capital improdutivo. Num desumano jogo que usam o empréstimo pessoal com juros para diminuir o consumo e dizem ser para aumentá-lo e melhorar a economia do país. Os juros quanto menor melhor para os que consomem e usam-no em benefício dos credores e não para a economia do país. Não há critérios humanos e o dinheiro passa a manipular tudo, hoje em dia os juros menores são usados como marketing para o empréstimo.

Os juros são fixados para controlar a inflação e diminuem o consumo que é o que dizem levar a economia ir para frente. Esse é um valor de correção lançado no mercado pelo governo para corrigir o capital e o social como ficam? Sem um valor ligado aos seus interesses, mas somente dos governantes que criam uma dependência econômico-financeira para o país e toda a sociedade. "A contenção da atividade econômica como meio de controlar a inflação, via os juros é um jogo desumano com regras indiferentes aos problemas sociais que conduzem a um efeito dominó, nessa era da globalização. Tudo pelo dinheiro e nada pelo homem, não há meios de desconcentrar a renda que continua nas mãos-de-poucos", conclui Rosalvi Monteagudo.

Fonte: Rosalvi Monteagudo é autora dos livros "Economia Solidária - Novas Regras" e "Autonomia na Organização da I-Empresa", uma sugestão para o desemprego.