13/09/2025  00h00
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Surfe
19/05/2005 - 06h29
Kelly Slater conquista terceira vitória no Tahiti
João Carvalho
 
Paulo Moura é abandonado pelas ondas de Teahupoo nas quartas-de-final
 
Karen Wilson 
  Kelly Slater, capeão do Billabong Pro Tahiti.

A história relata que o surfe nasceu na Polinésia Francesa e foi lá que nesta terça-feira 17 de maio de 2005 o hexacampeão mundial Kelly Slater registrou mais um feito inédito na sua fenomenal carreira, ao se tornar o primeiro surfista a vencer uma etapa do Circuito Mundial de Surfe Profissional com 100% de aproveitamento, ou seja, só com notas 10 computadas no resultado final da bateria. O maior ídolo do esporte agora também é recordista em vitórias no Tahiti, pois já tinha sido o melhor nos temidos tubos de Teahupoo em 2000 e 2003. Mas, desde a primeira edição do Nova Schin Festival WCT Brasil na mesma temporada 2003 que o norte-americano não subia no alto do pódio no ASP Foster’s World Championship Tour. A terça-feira foi mais um dia de muita chuva, ventos fortes e ondas de 2 metros de altura, mas foi nas séries até maiores dos 2,5 metros que Kelly Slater recebeu suas três notas 10 nos tubos mais adrenalizantes do mundo. As duas da final garantiram os 30.000 dólares de prêmio e o outro único surfista que conseguiu tirar a nota máxima no último dia do Billabong Pro Tahiti 2005 foi o também norte-americano Damien Hobgood, que deslocou o ombro numa queda e saiu da disputa na metade da bateria. O pernambucano Paulo Moura foi abandonado pelas ondas nas quartas-de-final, mas terminou num excelente quinto lugar no maior desafio do Circuito Mundial. O próximo é em Fiji, já na semana que vem, de 22 de maio a 03 de junho nas ilhas de Namotu e Tavarua.

"Infelizmente foi uma bateria bem atípica, porque não veio muita onda. Agora tem uma etapa também muito boa de ondas semana que vem em Fiji e este resultado aqui no Tahiti foi ótimo para me dar confiança", falou Paulo Moura, que ganhou 8.000 dólares no seu melhor resultado no WCT. O pernambucano também colocou seu nome na galeria nota 10 de Teahupoo na segunda-feira, quando despachou o ex-vice-líder do ranking, Mick Fanning.

Na decisiva terça-feira, enfrentou mais dois australianos e derrotou Tom Whitaker, que tinha eliminado o outro brasileiro nota 10 no Tahiti neste ano, o catarinense Neco Padaratz. Mas, contra Nathan Hedge as condições do mar estavam tenebrosas, com muita chuva e fortes ventos. Moura até chegou a liderar a bateria, mas o vice-campeão do Billabong Pro Tahiti no ano passado ganhou o confronto por 12,44 x 10,34 pontos.

"Tirei um 6,83 no começo, depois peguei dois tubos que eu não consegui sair e aí fiquei com a prioridade (de escolher a onda) um tempão esperando, mas a onda não veio. Eu precisava de um pouco mais de 4 pontos para vencer, mas estou muito feliz com o resultado. Essa é a minha onda preferida no circuito e a cada ano a gente evoluindo", contou Paulo Moura, que agora aparece em trigésimo lugar no ranking, pois não havia vencido nenhuma bateria nas duas primeiras etapas realizadas em ondas pequenas na Austrália.

O brasileiro mais bem colocado é o potiguar Marcelo Nunes em 21º lugar, que não teve chances contra o australiano Taj Burrow, pegando apenas uma onda na terceira bateria do dia. Na primeira, Kelly Slater iniciou sua caminhada ao título de tricampeão em Teahupoo numa virada espetacular contra o havaiano Bruce Irons, que vencia a disputa com 18,33 pontos. Em dois tubos seguidos em menos de 3 minutos, Slater arrancou sua primeira nota 10 e ainda uma 8,5 para reverter o placar.

A BUSCA DA PERFEIÇÃO - Nas quartas-de-final outro sufoco contra o defensor do título do Billabong Pro Tahiti, com a vitória sendo definida por centésimos de diferença. Kelly marcou 18,93 pontos contra 18,84 pontos de C. J. Hobgood. Na semifinal, a nota 10 chegou perto duas vezes e com 19,73 pontos despachou o australiano Taj Burrow. Esta marca só não superou os 19,93 pontos do também norte-americano Damien Hobgood na quarta-de-final que, curiosamente, antecedeu a bateria do brasileiro Paulo Moura com os tubos entrando perfeitos sem parar. Damien também chega perto dos 100% de aproveitamento, mas só computou uma nota 10 nos incríveis 19,93 pontos que precisou para superar os 18,24 pontos do havaiano Frederick Patacchia.

A HISTÓRIA SE REPETE - O irmão gêmeo do último campeão em Teahupoo dominou os tubos novamente na semifinal e impediu que o australiano Nathan Hedge conseguisse chegar na grande final pelo segundo ano consecutivo. Em 2004, contra C. J. Hobgood, Hedge sofreu uma queda logo em sua primeira tentativa e deslocou o ombro, tendo que abandonar a bateria. Damien somou 18,33 pontos contra 16,87 pontos do australiano e seguiu para enfrentar o grande favorito Kelly Slater.

Coisas do destino, mas a cena se repetiu e desta vez Damien também deslocou o ombro numa queda e deixou o caminho livre para o hexacampeão mundial fazer história no Tahiti. Em suas primeiras apresentações, Damien começou com nota 9,33 e Slater com 9,50, que ainda tirou um 9,80 até receber o seu primeiro 10 quando ambos estavam na briga. O segundo veio quando Slater já estava sozinho dentro d’água. Depois de conquistar o inédito 100% de aproveitamento, ele foi até os barquinhos, pegou uma latinha de Foster’s e surfou mais um tubaço com ela na boca para comemorar sua primeira vitória na temporada.

Agora, Kelly Slater já aparece em quarto lugar no ranking das três etapas, na mesma casa dos 2.300 pontos do atual tricampeão mundial Andy Irons e de Damien Hobgood, que dividem a segunda colocação no WCT 2005, que continua liderado pelo australiano Trent Munro, com 2.676 pontos. Irons e Munro pararam nas oitavas-de-final no Billabong Pro Tahiti, com o havaiano perdendo para Dean Morrison por 17,67 x 14,50 pontos e o atual número 1 do mundo sendo barrado com um placar mais apertado - 18,24 x 17,47 pontos - pelo também australiano Nathan Hedge.

BRASIL FAZ BONITO - O Brasil não chegou a repetir o pódio do terceiro lugar do potiguar Danilo Costa em 2003, quando só foi barrado pelo próprio Kelly Slater nas semifinais. Mas fez bonito neste ano nas ondas mais temidas do mundo. O carioca Raoni Monteiro e o paranaense Peterson Rosa venceram as duas primeiras baterias do campeonato que só foi iniciado no décimo dia do seu prazo, nas menores condições de toda a história do WCT no Tahiti. O pernambucano Paulo Moura e o potiguar Marcelo Nunes também estrearam com vitórias no sábado e avançaram direto para a terceira fase. No domingo, as ondas começaram a subir e os tubos reapareceram, com o catarinense Neco Padaratz fechando o segundo dia no tubo mais fantástico do evento até ali, que mereceu a primeira nota 10 unânime dos cinco juízes em Teahupoo nesse ano. O cabo-friense Victor Ribas também passou pela repescagem e seis dos sete brasileiros foram escalados para disputar classificação para as oitavas-de-final da competição.

A chuva que castigou o Tahiti por seis dias seguidos voltou com força total na segunda-feira e os tubos mais temidos do mundo também. O resultado foram mais quatro notas 10 e uma delas recebida pelo pernambucano Paulo Moura no penúltimo confronto do dia, quando despachou o até ali vice-líder do ranking, Mick Fanning, com a terceira maior pontuação dos dois primeiros dias de disputas no Tahiti: 19,40 pontos de 20 possíveis. O australiano Tom Whitaker abriu a última bateria também com um 10 e acabou tirando Neco Padaratz da competição. Além de Moura, só o também nordestino Marcelo Nunes seguiu para o último dia, com Neco, Ribas, Peterson Rosa e Raoni Monteiro, terminando empatados em 17º lugar no histórico Billabong Pro Tahiti 2005.

BILLABONG PRO TAHITI - Resultado

1)- Kelly Slater (EUA) - $ 30.000 e 1.200 pontos
2)- Damien Hobgood (EUA) - $ 16.000 e 1.032 pontos
3)- Taj Burrow (AUS) - $ 10.000 e 876 pontos
3)- Nathan Hedge (AUS) - $ 10.000 e 876 pontos
5)- Paulo Moura (BRA) - $ 8.000 e 732 pontos
9)- Marcelo Nunes (BRA) - $ 5.300 e 600 pontos

RANKING WCT 2005 - após 3 etapas

01- Trent Munro (AUS) - 2.676 pontos
02- Andy Irons (HAV) - 2.364
02- Damien Hobgood (EUA) - 2.364
04- Kelly Slater (EUA) - 2.342
05- Mick Fanning (AUS) - 2.210
06- C. J. Hobgood (EUA) - 2.064
07- Taj Burrow (AUS) - 2.018
08- Tom Whitaker (AUS) - 1.886
09- Chris Ward (EUA) - 1.852
10- Joel Parkinson (AUS) - 1.800

21- Marcelo Nunes (RN) - 1.420
26- Neco Padaratz (SC) - 1.230
26- Victor Ribas (RJ) - 1.230
30- Paulo Moura (PE) - 1.182
32- Peterson Rosa (PR) - 1.045
36- Raoni Monteiro (RJ) - 860
41- Renan Rocha (SP) - 675

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "SURFE"Índice das publicações sobre "SURFE"
02/06/2017 - 08h50 Surfista se prepara para competições nacionais
26/11/2015 - 12h09 Maresias recebe o VII Black BeltChallenge de Surf
12/11/2015 - 10h04 Pâmella Mel estreia no Circuito Brasileiro
08/02/2014 - 07h12 3ª etapa do Encontro Paulista de Escolas de Surf
29/01/2014 - 10h02 Pâmella Mel, 8, uma surfista prodígio
12/01/2014 - 10h01 2ª etapa do Encontro Paulista de Escolas de Surf
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.