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SEÇÃO
Economia e Negócios
16/01/2016 - 11h03
Os desafios do Terceiro Setor para 2016
José Alberto Tozzi
 

As entidades sem fins lucrativos que fazem parte do Terceiro Setor vêm sendo constantemente desafiadas na medida em que sofrem uma forte regulação e devem melhorar a cada dia para manterem-se sustentáveis. A mobilização de recursos para a execução da sua missão e pagamento de suas despesas está cada vez mais competitiva, exigindo sempre “fazer mais com menos”.

Estes desafios nos levam a perguntar: Qual será o futuro do Terceiro Setor? O modelo de captação de recursos deve continuar a se submeter a uma reengenharia, repensando estrategicamente suas operações?

O termo reengenharia já está totalmente fora de moda, mas expressa muito bem o momento do Terceiro Setor no Brasil. Apesar de antigo na sua origem, mas muito jovem como uma atividade econômica, o Terceiro Setor vem sendo colocado à prova no sentido de reinventar-se nos últimos tempos, principalmente pela competitividade imposta às entidades.

O processo de regulação tem sido muito intenso, seja em fixação de regras, no volume, na inovação e na responsabilização dos gestores. Muito se tem falado sobre profissionalização da gestão e com isto também vem evoluindo a legislação, permitindo a remuneração dos seus dirigentes, o que é ótimo, na medida em que remunerados poderão ser cobrados e, assim, teremos uma rápida e consistente organização do setor.

A Lei 13.019 de 31/07/14, cuja vigência já foi prorrogada algumas vezes, agora passa a valer, a partir de janeiro de 2016 para recursos federais e estaduais. Para os recursos municipais a vigência da lei será a partir de janeiro de 2017. Esta lei regula as transferências voluntárias de recursos de entes federados (Federação, Estados e Municípios) para as organizações do Terceiro Setor. A lei traz muitas novidades positivas, tais como: Chamamento público, atuação em rede, medição do resultado social e transparência. Com absoluta certeza as exigências da nova lei provocarão mudanças na gestão das Organizações e dos poderes públicos.

As transferências voluntárias de recursos dos poderes públicos estaduais e federal, aparentemente, não são o maior volume de parcerias, portanto o grande impacto deverá acontecer a partir de janeiro de 2017, mas não se deve deixar para depois. O entendimento, planejamento e proposta de implantação da nova lei devem ser imediatos para evitar atropelos.

Obviamente devemos aguardar o decreto, federal, regulamentador da lei e, na sequência os decretos estaduais e municipais, estabelecendo, onde cabível, como a lei será implantada em cada unidade da federação. Reputo da maior importância estes decretos que deverão estabelecer, em consonância com a lei, a adaptação às peculiaridades do município.

Em vista de tudo que vem acontecendo, é essencial repensar estrategicamente a atuação de cada entidade, principalmente no tocante à gestão profissionalizada. Atualmente, as entidades já competem para a captação de recursos privados de projetos, agora, com a nova lei, poderão também competir na captação dos recursos públicos. Competição pressupõe fazer mais (qualidade e quantidade) com menor custo. Para que isto aconteça, a gestão das entidades deve ser revista e adaptada aos novos tempos.

Acompanhando toda esta evolução, há mais de 15 anos no Terceiro Setor, resolvi colocar a experiência acumulada em consultorias, auditorias, aulas, artigos, e seminários em um livro e cursos que procuram retratar o repensar desta atividade, numa visão clara de planejamento, controles e governança, propondo metodologias de trabalho.

O livro “SOS da ONG - Guia de Gestão para Organizações do Terceiro Setor”, de minha autoria e disponível nas principais livrarias de todo o Brasil, foca a solução dos problemas do Terceiro Setor com a aplicação de uma metodologia que permite um diagnóstico, uma visão integrada de processo, a implantação da solução e o acompanhamento dos resultados, integrando toda a organização por meio de uma visão de planejamento e governança. A operação de uma ONG deve ser vislumbrada dentro de uma metodologia de processos, onde todas suas áreas estejam integradas e os resultados econômicos e sociais apurados automaticamente neste processo.

Neste mesmo foco também está disponível, pela internet, o curso de Gestão Profissional no Terceiro Setor que procura treinar e formar os gestores de Organizações da Sociedade Civil com uma visão moderna tendo em vista a nova realidade do Terceiro Setor no Brasil.

Somente com essa visão será possível a cada ONG deixar sua marca como instituição voltada para a melhoria social e do mundo e alcançar de vez a realização do seu propósito, da sua missão.

Tem sido uma experiência fascinante participar da geração e disseminação de conhecimento para o Terceiro Setor, sua regulação e peculiaridades. Sabemos que temos um longo caminho pela frente, mas precisamos começar logo e não esmorecer, porque tudo deve ser melhorado sempre de acordo com a evolução dos tempos.


Nota do Editor: José Alberto Tozzi - Formado em Administração de Empresas pela FGV, graduado em Ciências Contábeis e MBA Executivo Internacional na FIA. Mestre em Administração com ênfase no Terceiro Setor pela PUC – SP. Consultor, professor, palestrante, pesquisador e articulista de temos voltados ao Terceiro Setor. Autor de vários artigos, do livro SOS da ONG e do curso à distância – Gestão Profissional no Terceiro Setor.

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