Férias são ótimas para descansar, colocar as ideias no lugar, se divertir e passar mais tempo com amigos e família. No entanto, em meio a tudo isso, tem o aspecto financeiro que não pode ser descuidado, pois, caso contrário, esse período poderá se tornar uma verdadeira dor de cabeça. Muita gente, infelizmente, volta à rotina com as finanças desequilibradas e fica bons meses tentando colocá-las no lugar, o que acaba postergando a realização de alguns sonhos maiores e não pontuais, como as férias. Esse requer um processo de educação financeira, que passa por uma mudança de comportamento, por isso, deve ser começado o quanto antes para já dar resultados em curto prazo. Para quem está se preparando para o fim dessa temporada, é preciso sentar e rever os gastos que realizou e que ainda virão a ser pagas, juntando com parcelas remanescentes que já tinha e as despesas fixas de todo mês que ninguém escapa. Esse será um diagnóstico da situação financeira, para que possa analisar, comparar com os ganhos do mesmo período e ver o que poderá ser feito. O que fazer? Com isso, é possível fazer alguns ajustes, principalmente no que se trata das despesas fixas – pois as que já foram não dá para mudar. Por experiência no ramo de educação financeira e com base em algumas pesquisas que saíram nos últimos tempos, sabemos que é possível reduzir cerca de 20% dos gastos domésticos mensais, os chamados supérfluos ou sobras. Uma boa dica é separar os gastos do período por categorias, assim, fica mais fácil saber o que exatamente está passando dos limites e o que não consegue ser mexido. Quando os números estão claros, é sempre mais fácil fazer diminuições e cortes. Outro passo importante é estabelecer objetivos de vida. Parece loucura querer realizar sonhos em tempos de crise e em meio a endividamento, mas o que muita gente não percebe é que é exatamente o fato de ter metas que nos faz ter foco e disciplina, para gastar menos com coisas do dia a dia e mais com o que realmente importa. É claro que de nada adianta ter sonhos e não saber quanto eles custam, quanto você pode guardar por mês e em quanto tempo realizará. Feito isso, é hora de mudar a maneira que faz o orçamento financeiro mensal. A maioria recebe seu ganho, subtrai seus gastos mensais e o que sobrar – se sobrar – faz alguma coisa prazerosa. Vamos fazer diferente: Ganhos (-) Sonhos (-) Gastos. Assim, o padrão de vida será redefinido. A princípio, o poder de compra parecerá diminuído, mas, com o tempo, verá que as realizações de vida estarão garantidas, o que tem muito mais valor. Por fim, e tão importante, deve-se aprender a poupar, fazendo com que o dinheiro trabalhe a seu favor. Ou seja, é importante investir a quantia de dinheiro destinada para cada sonho de acordo com o prazo em que ele será realizado. Por exemplo, para os de curto prazo (até um ano), é interessante aplicar o dinheiro em algum título do Tesouro Direto. Para médio prazo (de um a dez anos), os títulos também são bons, assim como CDB e Fundo de Investimento. E para longo prazo (acima de dez anos), os títulos também se encaixam, além de Previdência Privada e ações. Vale a pena pesquisar mais sobre o assunto e procurar ajuda de especialistas. Nota do Editor: Reinaldo Domingos é mestre em Educação Financeira, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP (www.dsop.com.br), autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.
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