As vendas de imóveis usados e a locação de casas e apartamentos cresceram em maio no Estado de São Paulo em comparação com abril, mês em que os dois mercados haviam apresentado resultado negativo. O aumento das vendas foi de 13,27% e o número de novas locações cresceu 6,66%, segundo pesquisa feita em 1.079 imobiliárias de 37 cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECISP). A maioria das vendas foi feita à vista (50,18% do total) e 2/3 das novas locações garantidas pelo meio mais tradicional, o fiador pessoa física (61,3% dos contratos). Nos cinco primeiros meses deste ano, as vendas de imóveis usados acumulam saldo negativo de 10,93% enquanto que a locação de casas e apartamentos apresenta crescimento de 22,93%. Os imóveis mais vendidos em maio no Estado foram os de preço médio até R$ 300 mil, com participação de 60,14% no total vendido, sendo que a maioria deles (66,94%) enquadrou-se na faixa de preço de até R$ 4.000,00 o metro quadrado. Os imóveis mais alugados nesse período foram os que tinham aluguel médio de até R$ 1.000,00, que representaram 52,99% do total de novas locações. O bom desempenho dos dois mercados impactou os preços, que aumentaram em média 5,08% em Maio na comparação com abril segundo o Índice CRECISP, indicador que mede o comportamento mensal dos aluguéis e dos preços de imóveis usados no conjunto de cidades pesquisadas no Estado de São Paulo. No ano, porém, o índice está negativo em 0,35%. A pesquisa do CRECI de São Paulo mostrou que o mercado de venda de imóveis usados registrou crescimento em três das quatro regiões que compõem o levantamento: na Capital (+10,56%), no Litoral (+ 8,16%) e nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco (+ 126,57%). As vendas no Interior caíram 19,51%. No mercado de locação residencial também houve crescimento em três das quatro regiões que compõem a pesquisa do CRECISP: na Capital (+ 20,52%), no Litoral (+ 8,51%) e nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (+ 18,5%). No Interior, o número de casas e apartamentos alugados em maio foi 4,88% menor que o de abril. “Aos poucos, o mercado de imóveis usados vai refletindo o clima de otimismo que vem ganhando espaço em nossa economia. Já temos resultados positivos em 3 das quatro regiões do Estado analisadas por nossa pesquisa e acredito que, em breve, poderemos registrar um crescimento geral, tanto em vendas quanto nas locações”, afirmou o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto. Viana lembrou que a CAIXA já está promovendo um incentivo aos novos financiamentos, o aumento do valor máximo do imóvel a ser financiado, que passou de R$ 1,5 milhão para R$ 3,0 milhões. “Com a possibilidade de se financiar até70% do valor dos imóveis usados e 80% dos novos, surge um novo fôlego para todo o setor que, até então, estava em compasso de espera.” Apartamentos lideram vendas Como aconteceu em abril, também em maio os apartamentos tiveram a preferência de quem comprou imóvel usado –54,45% das unidades vendidas eram desse tipo. As casas ficaram com os restantes 46,86%. Segundo as 1.079 imobiliárias pesquisadas pelo CRECISP, 44,49% das vendas foram feitas com financiamento bancário, 50,18% foram vendidas à vista, 4,63% tiveram pagamento parcelado pelos proprietários e 0,71% foram compradas com crédito de consórcios. Os descontos médios que os donos dos imóveis concederam sobre os preços anunciados foram menores que os dados em abril. Nos bairros de regiões nobres das 37 cidades pesquisadas, o desconto baixou 31,79% (de 7,58% em abril para 5,17% em maio). Já nos bairros de regiões centrais, a redução foi de 16,63% com o desconto encolhendo de 9,32% para 7,77%. Em bairros de regiões mais afastadas das áreas centrais e nobres das cidades, o desconto médio em maio foi de 7,04%, o que representou 9,32% a mais que os 6,44% de abril. Descontos maiores para alugar Os donos de imóveis ampliaram as margens de descontos para tentar convencer os candidatos a inquilinos a alugarem suas casas e apartamentos situados em bairros de áreas nobres e em regiões mais afastadas das áreas centrais das 37 cidades pesquisadas pelo CRECISP. O desconto médio concedido em maio sobre o valor anunciado do aluguel ficou em 14,26% nas regiões nobres, o que representou aumento de 33,65% sobre o desconto médio de 10,67% de abril. Nas regiões de periferia, o desconto médio foi de 11,75%, ou 27,72% mais que os 9,2% de Abril. Os imóveis localizados em bairros de regiões centrais das cidades obtiveram desconto médio de 10,38% em maio, uma redução de 15,33% sobre o percentual de 12,26% de abril. A explicação para esse movimento está em outro dado da pesquisa CRECISP, o que mostra a concentração de 74,89% das novas locações de maio em bairros das áreas centrais das 37 cidades. As 1.079 imobiliárias que o CRECISP consultou nessas cidades alugaram mais casas - 60,13% das novas locações - do que apartamentos, que somaram 39,87% do total. As mesmas imobiliárias receberam de volta um número de imóveis 8,36% maior que o total de novas locações. É o segundo mês seguido em que as devoluções superam as locações, com os motivos financeiros (51,14% do total) superando outros motivos (48,86%) como causa das devoluções. A inadimplência dos inquilinos diminuiu no período, segundo a pesquisa do CRECISP. O número de aluguéis atrasados ficou em 6,1% do total de contratos em vigor nas imobiliárias consultadas, percentual 3,71% menor inferior aos 6,34% de inadimplentes de abril. A pesquisa CRECISP foi realizada em 37 cidades do Estado de São Paulo. São elas: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Ubatuba, Guarujá, Mongaguá e Itanhaém.
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