Quarta etapa do WCT 2005 é encerrada com ondas fantásticas em Restaurants
| Pierre Tostee |  | | | Kelly Slater: vencedor d Globe WCT Fiji, em Tavarua Island. |
|
O hexacampeão mundial Kelly Slater conquistou sua segunda vitória consecutiva no ASP Foster’s World Championship Tour 2005 e passou a liderar a corrida pelo título da temporada. Na quarta-feira, deu mais um show nos tubos fantásticos de 2,5 metros de altura de Restaurants, em condições perfeitas para o encerramento do histórico Globe WCT Fiji. Slater ganhou sua terceira nota 10 nas longas esquerdas da Ilha de Namotu durante a semifinal e seguiu para outra decisão norte-americana contra um Hobgood. No Tahiti, Damien contundiu o ombro numa queda em Teahupoo e Slater registrou um inédito 100% de aproveitamento na final do Billabong Pro. Em Fiji, somou 19,33 pontos de 20 possíveis para derrotar o gêmeo C. J. Hobgood e faturar mais um prêmio de 30.000 dólares. Agora tem 3.542 pontos no ranking, contra 2.964 do defensor do título, o tricampeão mundial Andy Irons, que caiu para o quarto lugar na classificação geral das quatro etapas realizadas em 2005. O próximo confronto é o Rip Curl Search WCT, de 23 de junho a 04 de julho na Ilha Reunião, com o Circuito Mundial promovendo duas importantes etapas do World Qualifying Series (WQS) neste intervalo: o 6 estrelas das Ilhas Maldivas entre os dias 06 e 12 de junho e a estréia do 5 estrelas Billabong Costa do Sauípe WQS, de 13 a 19 de junho no resort Costa do Sauípe, na Bahia. Muitos brasileiros vão disputar as vagas para a elite mundial do ano que vem na divisão de acesso da ASP e mais 2.000 pontos serão colocados em jogo no Brasil. No ranking principal, o mais bem colocado depois do Globe Fiji é o bicampeão mundial do WQS, Neco Padaratz, que divide o 22º lugar com o australiano Michael Lowe. Além do catarinense, apenas o paranaense Peterson Rosa e o potiguar Marcelo Nunes, empatados em 26º, aparecem entre os 27 surfistas que garantem permanência pelo WCT, mas ainda faltam oito etapas para encerrar a temporada 2005. Neco e Peterson foram os melhores brasileiros em Fiji. Eles chegaram nas oitavas-de-final e terminaram em nono lugar sendo derrotados por pequenas diferenças pelo australiano Dean Morrison e o sul-africano Travis Logie, respectivamente, na terça-feira em Restaurants. Peterson ainda foi o que tirou a maior nota - 9,73 - enquanto o niteroiense Guilherme Herdy somou mais pontos - 17,33 - entre os nove brasileiros no Globe WCT Fiji, quando despachou o ex-campeão mundial Mark Occhilupo na repescagem. Aí teve que enfrentar Mr. Slater na terceira fase, que tirou sua primeira nota 10 em Fiji na bateria, a única nas ondas de Cloudbreak. A segunda veio nas oitavas-de-final contra o australiano Michael Lowe e a terceira saiu no último dia, durante as semifinais contra o havaiano Frederick Patacchia, quando registrou a maior pontuação da quarta-feira: 19,57 pontos. Na outra semi, C. J. Hobgood, que nas quartas-de-final totalizou imbatíveis 19,80 pontos de 20 possíveis, incluindo uma nota 10, barrou o também havaiano Bruce Irons, que já tinha chegado bem próximo da pontuação máxima duas vezes. A primeira contra seu irmão, Andy Irons, nas oitavas com 19,57 pontos e a segunda na última bateria da terça-feira, quando somou 19,40 pontos logo após o recorde de C. J. para derrotar o norte-americano Cory Lopez. E nas duas Bruce tirou uma nota 10 para vencer. ESTRÉIA HISTÓRICA - O Globe WCT Fiji foi um dos eventos mais fantásticos da história do Circuito Mundial, com ondas e tubos espetaculares em Cloudbreak e Restaurants. Em onze baterias, a soma das duas notas computadas ultrapassou a casa dos 19 pontos, de 20 possíveis. Kelly e Bruce conseguiram isso três vezes. A nota máxima, a onda perfeita para os juízes, saiu para oito tubos e três foram surfados por Kelly e dois por Bruce. Outros números que expressam o incrível patamar que atingiu a estréia da Globe em Fiji mostram que das 329 ondas computadas pelos atletas durante toda a competição, impressionantes 40% foram pontuadas no critério excelente, com outras 24 notas deste nível ainda sendo descartadas do resultado das duas maiores notas em algumas baterias. Na grande final, o 10 não saiu. C. J. começou com uma nota 7,33 e Slater ganhou 7,67 pontos na primeira série que entrou na bateria. O irmão gêmeo do campeão desta prova no ano passado, Damien Hobgood, que não pôde ir defender o título porque se contundiu na decisão do Billabong Pro Tahiti contra o mesmo Kelly Slater, continuou na frente com uma nota 7,83 em sua segunda onda boa. Mas 5 minutos depois, o novo número 1 do WCT 2005 pegou o primeiro tubão para tirar nota 9 e assumir a ponta. Aí encaixou no trilho dos tubos de Restaurants e foi ampliando a vantagem a cada apresentação. Arrancou uma nota 9,63 no tubo seguinte e em outro ainda maior e mais profundo recebeu 9,70 pontos para fechar o placar em 19,33 x 15,16 pontos. Agora o WCT dá uma pausa para duas importantes etapas do WQS - o 6 estrelas "prime" das Ilhas Maldivas e o Billabong Costa do Sauípe WQS na Bahia - e recomeça na estréia do Rip Curl Search WCT, que vai trazer as longas esquerdas de Saint Leu, na Ilha Reunião, de volta ao calendário da divisão principal do Circuito Mundial nos dias 23 de junho a 04 de julho. Ranking WCT 2005 - 4 etapas 01: Kelly Slater (EUA) - 3.542 pontos 02: Trent Munro (AUS) - 3.276 03: C. J. Hobgood (EUA) - 3.096 04: Andy Irons (HAV) - 2.964 05: Mick Fanning (AUS) - 2.620 06: Frederick Pattachia (HAV) - 2.618 07: Damien Hobgood (EUA) - 2.589 08: Dean Morrison (AUS) - 2.474 09: Cory Lopez (EUA) - 2.433 10: Taj Burrow (AUS) - 2.428 11: Joel Parkinson (AUS) - 2.400 12: Nathan Hedge (AUS) - 2.301 12: Bruce Irons (HAV) - 2.301 14: Chris Ward (EUA) - 2.262 15: Tom Whitaker (AUS) - 2.111 16: Daniel Wills (AUS) - 2.106 22: Neco Padaratz (SC) - 1.830 26: Peterson Rosa (PR) - 1.645 26: Marcelo Nunes (RN) - 1.645 29: Paulo Moura (PE) - 1.592 33: Victor Ribas (RJ) - 1.455 38: Raoni Monteiro (RJ) - 1.085 42: Renan Rocha (SP) - 900 46: Guilherme Herdy (RJ) - 410 47: Bernardo Pigmeu (PE) - 225
|