Yuri e Dornelles conseguem segunda dobradinha verde-amarela nas Maldivas
As ondas na Ilha de Lohifushi já começaram a subir e algumas séries passavam de 1,5 metro de altura na quarta-feira, com os cabeças-de-chave do O’Neill Deep Blue Open estreando nas melhores condições desde o início da 13ª etapa do World Qualifying Series na segunda-feira. Com isso, os recordes também aumentaram e o sul-africano Greg Emslie realizou a melhor apresentação das duas rodadas de 24 baterias realizadas. Ele igualou a maior nota - 9,5 - do australiano Heath Walker, mas o superou na soma das duas melhores ondas ao totalizar 17,67 pontos de 20 possíveis. Dos 26 brasileiros que foram disputar o 6 estrelas "prime" das Ilhas Maldivas, dez avançaram para a terceira fase, com o carioca Yuri Sodré e o gaúcho Rodrigo Dornelles conseguindo a segunda dobradinha verde-amarela nas longas esquerdas de Lohi’s. O evento termina no domingo e na segunda-feira começa o prazo da estréia do 5 estrelas Billabong Costa do Sauípe WQS na Bahia, onde estarão em jogo 100.000 dólares e 2.000 pontos no ranking de acesso para o ASP World Championship Tour (WCT). O paranaense Peterson Rosa é o cabeça-de-chave número 1 destas duas etapas. O tricampeão brasileiro foi vice-campeão do O’Neill Deep Blue Open em 2004, mas neste ano foi eliminado logo em sua estréia nas Maldivas pelo havaiano Pancho Sullivan e o australiano Ryan Campbell. Além dele, outros oito brasileiros não passaram da segunda rodada da competição, mas dez ainda continuam na disputa do título que vale um prêmio de 15.000 dólares e decisivos 2.750 pontos na corrida pelas 15 vagas que vão completar a elite mundial do WCT no ano que vem. DOBRADINHA BRASILEIRA - O potiguar Marcelo Nunes e o paraibano Fábio Gouveia já haviam garantido suas classificações no dia anterior e na quarta-feira os primeiros a avançarem foram o carioca Yuri Sodré e o gaúcho Rodrigo Dornelles, que aplicaram uma dobradinha verde-amarela sobre o sul-africano David Weare e o havaiano Ian Walsh na nona bateria. Dornelles recebeu a maior nota - 7,83 - do dia entre os brasileiros, enquanto Yuri registrou a maior pontuação ao somar 14,17 pontos em suas duas melhores apresentações. Essa marca acabou sendo igualada por Odirlei Coutinho no penúltimo confronto da quarta-feira. O ubatubense venceu a disputa, mas o carioca Pedro Henrique foi barrado pelo norte-americano Nathaniel Curran. Foi a quarta tentativa frustrada de repetir a dobradinha brasileira que Yuri e Dornelles conseguiram na primeira bateria do dia. O RECORDISTA - O pernambucano Bernardo Pigmeu e o paraibano Jano Belo entraram juntos na disputa seguinte e viram de perto o sul-africano Greg Emslie realizar a melhor apresentação do O’Neill Deep Blue Open 2005. Ele destruiu uma longa esquerda para arrancar uma nota 9,5 e fechar o placar com incríveis 17,67 pontos de 20 possíveis, passando a encabeçar a lista de recordes do campeonato. Os brasileiros tiveram que brigar pela segunda colocação com o japonês Shinpei Toriguchi e o pernambucano levou a melhor. Agora, Pigmeu e Rodrigo Dornelles vão participar de um confronto direto entre Brasil x Austrália contra Darren O’Rafferty e Adam Robertson na sexta das doze baterias da terceira fase da competição. Nas outras duas vezes que dois brasileiros competiram juntos na quarta-feira, pelo menos a vitória foi verde-amarela. O carioca Marcelo Trekinho estreou muito bem na 19ª bateria, mas o paranaense Jihad Kohdr acabou barrado pelo porto-riquenho Brian Toth. E na 21ª, o guarujaense Adriano de Souza, o Mineirinho, também passou em primeiro lugar, porém o campeão brasileiro Renato Galvão terminou em último e o australiano Matt Hoar ficou com a segunda vaga. BRASIL X AUSTRÁLIA - Mais dois brasileiros se classificaram em segundo lugar, com ambos enfrentando sozinhos três australianos em suas baterias. O carioca Leonardo Neves despachou Jay Thompson e Damon Harvey para passar atrás do cabeça-de-chave Darren O’Rafferty. E o potiguar Danilo Costa superou Drew Courtney e Zahn Foxton na disputa vencida por Adrian Buchan, que começa a defender a liderança do ranking WQS, pois o ex-número 1 Gabe Kling já havia sido eliminado pelo potiguar Marcelo Nunes na segunda bateria. Confira todas as baterias da terceira fase, a última em que as disputas são formadas por quatro atletas. A próxima rodada será composta por oito baterias de três competidores cada e depois vêm as oitavas-de-final, quanto começam os confrontos homem-a-homem do O’Neill Deep Blue Open na Ilha de Lohifushi, na República das Maldivas. TERCEIRA FASE: (48 competidores) • 01: Tim Reyes (EUA), Mikael Picon (FRA), Fabio Gouveia (PB) e Matt Jones (AUS) • 02: Cory Lopez (EUA), Marcelo Nunes (RN), Daniel Redman (AFR) e Heath Walker (AUS) • 03: Pancho Sullivan (HAV), Dayyan Neve (AUS), Chris Davidson (AUS) e Shaun Cansdell (AUS) • 04: Ryan Campbell (AUS), Joel Centeio (HAV), Daniel Jones (HAV) e Justin Mujica (PORT) • 05: Yuri Sodré (RJ), Greg Emslie (AFR), Jarrad Howse (AUS) e Leonardo Neves (RJ) • 06: Rodrigo Dornelles (RS), Bernardo Pigmeu (PE), Adam Robertson (AUS) e Darren O’Rafferty (AUS) • 07: Phillip MacDonald (AUS), Ben Bourgeois (EUA), Bede Durbidge (AUS) e Luke Hitchings (AUS) • 08: Kai Otton (AUS), Alain Riou (TAH), Royden Bryson (AFR) e Trent Munro (AUS) • 09: Tiago Pires (PORT), Patrick Beven (FRA), Brian Toth (PRCO) e Danilo Costa (RN) • 10: Jake Paterson (AUS), Jeremy Flores (REU), Marcelo Trekinho (RJ) e Adrian Buchan (AUS) • 11: Adriano de Souza (SP), Glenn Hall (AUS), Nathaniel Curran (EUA) e Masatoshi Ohno (JAP) • 12: Matt Hoar (AUS), Marlon Lipke (ALE), Odirlei Coutinho (SP) e Kirk Flintoff (AUS)
|