Uma nova preocupação de segurança de dados tem atormentado empresas - principalmente do comércio - e consumidores. Trata-se da violação de informações de cartão de crédito armazenadas em complexos sistemas. E o que é pior: a transgressão está extensiva não só aos dados básicos do cartão - o que já era corriqueiro na web -, mas também aos três dígitos de sua segurança, que, até bem pouco tempo, eram informações consideradas invioláveis numa ação de invasores de sistemas e fraudadores. De posse desses dígitos, por exemplo, é possível clonar documentos de crédito com muito mais facilidade. O problema vem acontecendo nos Estados Unidos, causando muitas dificuldades para o varejo, incluindo grandes redes de lojas. O fato é que muitos dos programas utilizados pelo comércio para armazenar os dados de clientes têm sido incapazes de conter o avanço dos fraudadores. Por conta disso, violações vêm ocorrendo com freqüência. O comércio, pressionado pelas instituições financeiras, tem acusado de negligência os fornecedores de tecnologia que atuam nesse campo e até os acionado juridicamente para arcar com os prejuízos ocorridos em função do uso ilegal de cartões de crédito de seus clientes. Por outro lado, as empresas de tecnologia afirmam que o comércio não possui provas de que seus dados vêm sendo roubados por deficiências em sistemas e soluções implementadas por eles. Nos Estados Unidos, algumas administradoras de cartão também têm checado se os sistemas estão realmente retendo adequadamente as informações de seus usuários. De qualquer forma, autoridades norte-americanas já admitem que esse tipo de dado - o de cartões de crédito - está sendo vazado em níveis muito maiores do que se imaginava. Os três dígitos, junto com os outros dados, são informações que, em mãos impróprias, podem ser instrumento de operações financeiras ilegais infinitamente maiores do que as que já aconteciam. E o que é pior: o lesado, muito provavelmente, só saberá que o seu cartão está sendo usado de forma irregular quando receber a fatura. O grave problema, que já causa imensos transtornos nos Estados Unidos, não nos afeta, porque temos tecnologia de informação e bureaux, que centralizam dados selecionados e classificados, oriundos de fontes oficiais, e em breve, cadastros positivos, que serão o jeito moderno de gestão, que possibilitará aos consumidores serem premiados por novas oportunidades de consumo e, às empresas, aumentarem sua base de clientes, sem criar constrangimento ou invasões de privacidade. Nisso nosso popular cheque-pre supera em muito o mercado americano de "plastic cards". Nota do Editor: Ivo Barbiero, presidente da Cheque-Pre.com.
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