Nunca na história deste mundo houve um momento sem um evento social que nós humanoides chamamos de guerra, seu fundo musical são ruídos de explosões, morte, gemidos de dor e devastação. Seus integrantes se esmeram e tentam a todo e qualquer custo ter uma performance perfeita enquanto que a plateia, os outros, assiste a tudo calada como se toda tragédia que se desenrola nada significasse ou eventualmente lhe proporcionasse algum tipo de prazer. Todavia existem outros tipos de ações sociais que embora não tenham características bélicas se apresentam sem explosões mas mantém as características básicas de uma guerra resultando em mortes devastações e prantos com o mesmo público na plateia de humanoides. Paulatinamente estamos destruindo, matando e devastando nosso município, essa destruição acontece de maneira silenciosa, aumenta dia a dia em uma proporção catastrófica e os otários ou pseudo-otários estão na plateia uns como claques e escadas, outros como assistentes. Poderia dar como exemplo três ilhas; Anchieta, Prumirim e Couves. A degradação ambiental que aconteceu na ilha Anchieta é indignante e uma afronta a todos que são donos desse patrimônio, ela aconteceu graças a todos os seres de inteligência superior que foram seus gestores nos últimos anos, sem isenção. Essa afirmação está ancorada no trabalho do biólogo Mauro Galetti, publicado no jornal a Folha de São Paulo em 18 de julho de 2004 (oportuno para quem não sabe ficar sabendo, consulte o Google) e para os que eventualmente possam colocar dúvidas no trabalho do biólogo Mauro existe outra pesquisa de autoria do ecólogo Bovendorp que efetuou o censo de mamíferos introduzidos na ilha de 828 hectares. Matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo em 11 de maio de 2006 onde mostra que a situação chegou ao limite, pois não há alimentos e abrigo para todos os animais que no inverno morrem de fome e em disputas por território. A população de cinco saguis cresceu para 654 indivíduos e extingui 40 espécies de aves da ilha, o quati de 13 para 149 indivíduos. Os caras quando trouxeram esses espécimes deixaram um preguiça-preta horas e horas exposta ao sol numa gaiola esperando o prefeito para a soltura até sua morte, filhos da mãe! E assim por diante... Daí apareceu um fulano e pasme não era com CH e sim com X seu nome; Xico Graziano, funcionário público com a patente de secretário do ½ ambiente, mais um desinformado e a novidade que trouxe nas mangas foi a de instituir a APA ornamentada com as ARIES. A proteção do Estado é sempre bem-vinda quando coerente e traga a lição de casa feita, áreas de proteção já temos em quantidade suficiente e infelizmente sabemos como funcionam na prática e como deveriam funcionar na teoria. Mas até o momento o Estado em suas poucas aparições não forneceu apoio técnico e financeiro para a preservação do ½ ambiente, não valorizou as comunidades tradicionais, não forneceu meios para fortalecimento e desenvolvimento a Polícia Florestal, não atuou na preservação dos recursos hídricos ou sequer impede o derrame dos esgotos. Mas o do Xico não era tão roxo já que deixou fora da APA a ilha do Montão de Trigo onde a marinha faz exercício de tiro real e é o maior ninhal do Atlântico Sul e o estuário do Cubatão onde são despejadas 50 toneladas diariamente de material tóxico. Mas nem tudo está perdido e embora não se possa fazer pesca esportiva no arquipélago da ilha Anchieta ou mesmo atracar um barco em seu píer, temos outras ilhas e duas especialmente são lindas: Couves e Prumirim, mas elas foram invadidas e lá pode tudo, é terra de ninguém. Recentemente saiu no Face denúncia do quiosque das Couves despejando no mar restos de comida e óleo de fritura, mostra também dezenas de pessoas chegando à ilha em Taxi Boats, e ficam as perguntas: Esses quiosques têm licença da Prefeitura para operar? Esses quiosques cumprem as exigências da Vigilância Sanitária? Estão ligados na rede de esgoto local? Senão estão para aonde vai a coco e o xixi? Como se lida com o lixo dos quiosques? Os Taxi Boats satisfazem as exigências da Marinha? Seus condutores são habilitados pela Marinha? Essa zona pode acontecer dentro da APA? Senão, cadê o Xico?
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