Muitas vezes, no início da carreira, somos obrigados a aceitar estágios que não terão uma contribuição significativa para nosso desenvolvimento profissional. Não é difícil encontrar estudantes nessa fase reclamando da falta de oportunidades ou do descaso com o estágio. Muitas empresas acabam contratando estagiários para atuar como meros auxiliares. O que fazer, então, para mudar essa condição?

Mesmo sabendo que o estágio não agregará valor logo de início, é bom lembrar que as oportunidades de estágio são muitas vezes a porta de entrada para uma grande empresa. Ao receber uma proposta de estágio, é preciso analisar sempre que oportunidades futuras ela lhe trará. Além da experiência em si, existe ainda a possibilidade de ampliar a rede de relacionamentos, e os aprendizados paralelos que, em princípio, não estão diretamente relacionados com sua área de escolha, mas que podem lhe auxiliar de muitas outras formas.

O primeiro passo para tomar essa decisão é definir seu alvo, seu objetivo, seja em relação ao campo de atuação, seja em relação a que tipo de empresas lhe interessam. Crie também seu limite de "negociação" - até que ponto a proposta pode se afastar do alvo, sem comprometer suas expectativas.

Prepare seu currículo e inicie a prospecção. Compareça às entrevistas, às dinâmicas de seleção, pois todas elas também servirão como fonte de aprendizado. Invista em você, na sua apresentação pessoal, em seu currículo, em seus contatos, e arrisque.

Não há absolutamente nada nesta vida que tenha 100% de garantia de sucesso (nem de fracasso!). É preciso correr o risco para descobrir. Ao iniciar sua atividade profissional, tenha sempre claro seu objetivo, suas metas pessoais. Assim, você poderá conduzir suas experiências no sentido desejado. Evite a acomodação. Busque criar as oportunidades e transformar aquelas que surgirem, mas que não são exatamente aquilo que deseja, em etapas para um desafio maior.

Nota do Editor: Janete Teixeira Dias é coordenadora da área de Gestão de Carreiras da FIAP - Faculdade de Informática e Administração Paulista e da Faculdade Módulo. É psicóloga, especialista em psicodrama, professora de cursos de pós-graduação e consultora organizacional.