Evitar o olhar de reprovação e a famosa cara feia são algumas das dicas para incentivar a participação dos pais na educação dos filhos
"Não basta ser pai, tem que participar". A frase ficou famosa, mas será que os papais estão mesmo mais atuantes na educação dos filhos? De acordo com as psicólogas do projeto "Como Falar", ainda é muito comum ouvir mães e filhos dizerem que gostariam de contar mais com a participação dos pais em casa. As psicólogas especialistas em Comunicação, Educação e Relacionamento Familiar, Adri Dayan, Dina Azrak e Elisabeth Wajnryt, dão dicas de como as mães podem incentivar a participação dos pais na educação e nas tarefas diárias com os filhos, além de melhorar o seu relacionamento com eles. Adri Dayan explica a importância das esposas afirmarem seus sentimentos de maneira assertiva para seus maridos. "Sempre que possível diga que gostaria de conversar com ele. Peça para que ele a avise quando tiver um minuto". Segundo Adri, a forma correta de dizer algo muda muita coisa. "Dizer que se incomoda em arcar sozinha com a responsabilidade pelas crianças, que precisa da ajuda dele e que seria muito legal, também para elas, que ele participasse" pode dar resultado. Adri comenta ainda que muitas mães não dão espaço para os pais, pois acham que eles não sabem como falar com os filhos. Uma boa alternativa é deixar os pais saírem sozinhos. (com eles). "Criar oportunidades para os pais saírem com os filhos, sem a presença da mãe, ajuda muito a iniciar um diálogo". Olhar de reprovação e cara feia Já Dina Azrak lembra que é muito importante evitar frases negativas como "você não tem jeito mesmo, não dá para contar com você, você é mesmo um caso perdido". A psicóloga comenta que esse tipo de comentário só causa ressentimento. Todas as pessoas têm seu jeito próprio, por isso é preciso ter flexibilidade para aceitar o estilo que o outro tem de fazer as coisas. "Se ele perguntar, por exemplo, que roupa coloca no bebê, responda: ’Você escolhe’. Deixe-o à vontade para decidir e confie nele", explica Elizabeth Wajnryt. As psicólogas alertam que se algumas falas nunca funcionam, alguns gestos também não. Por isso, é bom evitar o chamado olhar de reprovação e a famosa cara feia. Algumas pequenas mudanças na atitude são os alicerces da proximidade que ajuda tanto na busca pela participação do pai, como nas soluções para os inevitáveis conflitos do dia-a-dia. As psicólogas do "Como Falar", tradutoras do livro "Como falar para seu filho ouvir", realizam cursos e workshops para auxiliar os pais na resolução de conflitos e também no relacionamento diário com os filhos. O projeto Como Falar está situado à Av. Angélica, 1814, sala 103, Higienópolis, em São Paulo (SP). Informações pelo telefone (0**11) 3661-8310 ou através do e-mail comofalar@hotmail.com.
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