Arquivo MAMM

Em Ilhabela a Prefeitura Municipal, o Ministério Público Federal e os caiçaras das comunidades isoladas estão num projeto que visa a regularização fundiária e o resgate da cultura da baía dos Castelhanos, da ilha de Búzios e da ilha de Vitória. A soma de todos os interessados tem tido como resultado o levantamento do território, das tradições caiçaras e de projetos que tragam geração de renda aos moradores da região.

Na ilha de Búzios já foram cadastradas 4.000 mudas de palmito Juçara que, com o manejo, será fonte de renda para as famílias de lá. Na ilha de Vitória, o bambu, que agora é considerado agricultura familiar, conta com 8 manejadores que estão transformando a matéria prima em artesanato, a seguir em mobília e depois na utilização para construção civil.

Os registros dos moradores das comunidades isoladas está resolvendo o problemas das aposentadorias, o tempo de serviço vem sendo comprovado até através de livros de pesquisadores e atualmente a aposentadoria deles é em caráter especial.

Nesta quarta-feira, dia 8 de novembro, o Projeto Tribuzana abriu espaço para a apresentação do livro “ELIAS ROMÃO Tempo que é bom que era aquele”, do escritor Edson de Souza. É o resultado da gravação do depoimento desse caiçara natural de Ilhabela, que foi gravado por Arthur Freitas e transformado em livro.

O Projeto Tribuzana vem sendo acompanhado por moradores de São Sebastião e Caraguatatuba, uma vez que pode ser realizado também em outras comunidades tradicionais, que também preservam o meio ambiente e enfrentam situações absurdas por causa da legislação.

No vocabulário caiçara a palavra tribuzana representa tempo feio e perigo, mas agora estão dando um novo sentido, as comunidades estarão trabalhando junto para o bem comum.