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Ciência e Tecnologia
03/07/2005 - 20h56
Fliperama com tecnologia 100% nacional
Agência USP de Notícias
 
O arcade GP Brasil, desenvolvido em parceria da USP com a Matic Entretenimentos, utilizou em sua produção o sistema operacional Linux e o conhecimento disponibilizado gratuitamente por comunidade mundial

Uma parceria do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC), da Escola Politécnica da USP, com a empresa Matic Entretenimentos desenvolveu o primeiro fliperama (arcade) de corridas com tecnologia 100% nacional. Intitulado GP Brasil, o simulador foi inteiramente produzido com base em software livre, utilizando o sistema operacional Linux e bibliotecas abertas para a manipulação dos gráficos, dos sons e da simulação física.

Segundo Irene Ficheman, pesquisadora responsável pelo projeto, a Matic já fabricava e comercializava este tipo de simulador, produzindo pelo método Original Equipament Manufacturing, ou seja fiel ao original. Para tal, era feita a importação do hardware e software de fabricantes japoneses. "Porém, com a alta do dólar nos últimos anos a importação encareceu. A Matic, então, resolveu investir em nosso laboratório para que produzíssemos o software e hardware necessários para o jogo", explica Irene.

O LSI-TEC assumiu a responsabilidade de desenvolver toda a parte de software e de interação do jogo com o usuário. Controles como a realimentação de força do volante (force feedback), em que o computador aplica movimentos de resistência no volante de acordo com colisões e curvas da corrida, também foram desenvolvidos pelo projeto da Poli, que teve início em agosto de 2002.

A equipe do LSI-TEC, sob a coordenação da professora Roseli de Deus Lopes, também criou a simulação física do carro, a parte gráfica para geração de imagens e a manipulação de efeitos sonoros de imersão, recurso que dá a impressão, por exemplo, de que um carro está ao lado ou atrás do jogador. O laboratório da Escola Politécnica produziu também as partes competitivas, que permite a realização de uma corrida entre dois ou mais jogadores ligados em rede, e de Inteligência Artificial, que simula a atuação de jogadores virtuais.

Para Irene, a utilização do software livre e da biblioteca aberta foi fundamental. "O equipamento para desenvolver este tipo de tecnologia e as maneiras para obter o conhecimento necessário eram muito caros. Hoje contamos com uma comunidade mundial que contribuiu decisivamente no acréscimo de informação."

O resultado final será apresentado na 16ª Exposição Sul-Americana de Indústria de Diversões (Salex 2005), que acontecerá entre os dias 3 e 5 de agosto na ITM-Expo, em São Paulo.

O jogo

O GP Brasil oferece três opções de pistas ao jogador: o Autódromo de Interlagos e o Autódromo Internacional de Curitiba, este último nas versões mista e oval. Com uma boa riqueza de detalhes dos entornos da pista e das características do autódromo (por exemplo, o prédio do Cingapura no início da reta dos boxes em Interlagos e as famosas ondulações do asfalto da mesma reta), a ênfase procurada pelos projetistas está em buscar a maior proximidade possível com a realidade de uma corrida, diferentemente de alguns clássicos do fliperama, como o Cruisin USA, que abusam de colisões e "vôos" de seus carros.

"Alguns membros do projeto foram até Interlagos e Curitiba, onde tiraram fotos e fizeram medidas com GPS para obtermos uma boa aproximação de medidas e cenários", diz Ricardo Lipas, engenheiro formado pela Poli e gerente do projeto.

O LSI-TEC pretende continuar trabalhando com a Matic, que já exporta jogos para a Espanha e outros países da América Latina, para que se consiga uma melhoria em relação aos gráficos. "Precisamos acrescentar um pouco mais de realismo ao jogo. Em relação aos que já existem no exterior, a parte gráfica do GP Brasil é um pouco inferior. Mas se compararmos com o que temos aqui no Brasil, ou seja, jogos que foram trazidos pela última vez entre 97 e 98, o resultado é bom", explica Lipas.

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