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Economia e Negócios
26/08/2018 - 06h55
Onde investir com a alta do dólar?
 
 

A volatilidade da moeda americana, que esta semana ultrapassou a barreira dos R$ 4,12, deve permanecer até o fim do ano. Mas, ao mesmo tempo em que a instabilidade gera maior conservadorismo entre os investidores, é possível traçar estratégias para ampliar a rentabilidade neste cenário. “A moeda americana ainda pode subir muito antes de voltar a um patamar civilizado. Tenho convicção que ainda dá para aproveitar essa volatilidade para ganhar dinheiro”, afirma Felipe Bevilacqua, analista da Levante Ideias de Investimentos.

 
Ao fim de maio, o especialista criou uma estratégia, que envolve exposição em dólar, outras moedas fortes e ativos internacionais. O investimento proporcionou uma rentabilidade de 14,83% em menos de três meses. No mesmo período, o Ibovespa teve uma queda de -1,17% e o CDI, considerado o benchmark do mercado, subiu 1,46%. “A elevação no câmbio pode impactar negativamente os investimentos das pessoas. Não foi só a bolsa que caiu, mas também alguns títulos do Tesouro também apresentaram queda expressiva neste período”, diz.

Enquanto o relatório Focus, do Banco Central, prevê que o dólar terminará 2018 em R$ 3,70, a projeção do analista é de que a alta da moeda americana vai continuar até o fim do ano. “O dólar está sendo afetado por questões externas e internas. Para começar, é preciso observar que a moeda americana está se valorizando globalmente diante das demais moedas, embora em proporções desiguais”, explica.

Uma parte desse maior vigor da divisa americana tem a ver com as atuais tensões geopolítica. Ele enumera alguns fatores, como as relações comerciais China-Estados Unidos, o agravamento da situação política no Oriente Médio, as relações de amor e ódio entre Trump e o ditador da Coreia do Norte. “Assim como o ouro, o dólar serve como peça de resistência quando aperta o calo dos grandes investidores - e acaba afetando a todos nós. Essa é a razão pela qual os grandes investidores mantêm pelo menos uma parcela de seus recursos na moeda norte-americana. Quando tudo dá errado na economia, eles estão protegidos com dólar”, explica Bevilacqua.

Outro fator que leva à perspectiva de continuidade da alta do dólar está relacionado ao que ocorre nos Estados Unidos. A inflação americana começou a se mover com maior intensidade, ultrapassando a marca de 2% em doze meses depois de quase seis anos. Por este motivo, o Federal Reserve apertou o passo dos juros. A projeção é que, em 2020, a taxa esteja na casa dos 3%, o que é muito nos Estados Unidos.

O cenário ainda é agravado pelo front interno, com a incerteza da eleição presidencial. “A falta de compromisso com a responsabilidade fiscal de alguns dos principais candidatos a presidente é preocupante. Já seria em uma situação normal, mas é ainda mais grave quando sabemos que a dívida pública do Brasil alcança 75% do PIB”, diz. Em apenas doze meses, o déficit primário somou US$ 108 bilhões.

Segundo Bevilacqua, a história prova como o dólar é muito suscetível aos momentos de alta temperatura política brasileira. As duas maiores altas anuais foram justamente durante estresses provocados pela disputa pelo poder. A primeira foi em 2002, quando Lula chegou à Presidência com a desconfiança geral do setor produtivo e dos principais atores do mundo. Naquele ano, a moeda americana subiu 43,6%. O outro pico do dólar ocorreu recentemente e foi provocado pelas acusações contra a presidente Dilma, que culminaram com o impeachment, que levaram a moeda a R$ 4,16, uma valorização de 47%.

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