Se um de cada 100 jogadores foi bem sucedido, vale dizer também que: de cada 100 atletas, 99 falharam. Temos que inverter isto! Precisamos mudar a meta do futebol. Invertemos explicando às pessoas que as luzes de Hollywood, do Santiago Bernabeú e do Camp Nou são apenas luzes. A realidade é diferente. Você tem que fazer as pessoas felizes, mas entender que vencer não é a única coisa importante. As pessoas têm que saber que não ganham todos os domingos. Se fosse apenas isso, o futebol seria um esporte de pessoas frustradas. O clube precisa do resultado imediato, sim. O empresário, a família também. Muitas pessoas terminam se aproveitando do jovem jogador, não esperam o processo de amadurecimento natural do menino. Tampouco entendem que o sucesso do atleta vai além das quadras. Hoje em dia, o Ministério Público fica encima dos clubes pressionando que os jovens estudem, mais realmente é um negócio maquiado, não funciona em sua totalidade. Divulga-se apenas o garoto que subiu na vida, que foi em busca do sonho e deu certo. E aquele garoto que não conseguiu e não foi preparado para o futuro? Quem o prepara para os estudos e para o mercado de trabalho? Ou seja, quem o prepara para o sucesso como ser humano, fora das quadras? A preocupação deve ser a formação do atleta como um ser humano para o futuro. A realidade, entretanto, é de que os jovens atletas cada vez mais precisam abandonar seus estudos cedo para poder dedicar-se ao futebol, e nem todos chegam a brilhar e viver do futebol. Então, mesmo sendo atletas de alto rendimento a nível profissional, devem estar preparados para a vida. Nota do Editor: Martin Avenatti, educador e gestor esportivo.
|