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Religião
04/11/2018 - 07h33
Um ano que se perpetuará
Flavio Crepaldi
 

Ao encerrar o Ano do Laicato no Brasil, a Igreja Católica reafirma o valor e a especificidade dos leigos. Entre as inúmeras contribuições do Concílio Vaticano II para o aggiornamento (atualização) da Igreja Católica, estão a reflexão e o aprofundamento do papel do leigo dentro do corpo eclesial.

Tamanha novidade, somada a tantas outras propagadas pelos documentos oficiais, causou, ao mesmo tempo, uma imensa alegria e perplexidade. Por um lado, soterrou-se a ideia de que existem cristãos de “segunda classe”, aqueles que estão na Igreja somente para receber os benefícios adquiridos e distribuídos por outros, como meros espectadores. Por outro, como entender esse papel próprio do leigo dentro do corpo místico de Cristo, que é a Igreja?

Quarenta anos depois, o Documento de Aparecida, produzido pelos bispos de toda América Latina e Caribe, veio sintetizar uma discussão tão complexa com o binômio: discípulos missionários. Todos os cristãos são chamados a ser discípulos, a aprender, a se formar e deixar-se moldar pela Igreja. Mas, também são chamados a ser missionários, a edificar e propagar essa fé viva na sociedade a que pertencem, sendo protagonistas de uma mudança.

O Ano do Laicato veio como um selo a confirmar e promover, o papel próprio, específico e insubstituível dos leigos na vida eclesial e social. São, em primeiro lugar, os leigos que permitem a penetração da vivência da fé nas realidades sociais. Chamados a exercer funções no mundo, a estar presentes onde os sacerdotes e consagrados não podem atuar, cabe aos leigos assumirem o papel de fermento vivo para gerar uma sociedade construída sobre valores verdadeiramente evangélicos.

Sem a presença dos leigos, toda a contribuição da Igreja para promover realidades sociais, políticas e econômicas mais justas, e que preservem toda a dignidade humana, passam a ser somente ideias e ideais vindos “de fora”, sem contato efetivo e maduro com a estrutura do mundo.

Os leigos, portanto, não somente pertencem à Igreja, mas são Igreja atuante no mundo. Não devem ser apenas contabilizados como parte da sociedade, mas assumem o múnus profético, régio e sacerdotal de Cristo no meio do seu povo, em comunhão com os membros das sagradas ordens e religiosos.

Junto ao sacrifício oferecido no altar, oferecem suas lutas, obras e preces cotidianas. Oferecem sua vida conjugal, familiar e todas as suas relações de trabalho, para edificar a Igreja no mundo e em si mesmos.

Com seu testemunho de vida, tornam-se verdadeiros sinais de que existe a real possibilidade de construção de um mundo melhor para todos. Sobretudo, possuem a penetração do sal, o poder de crescimento do fermento e a capacidade de revelação da luz em situações e condições por vezes tão amargas, desprovidas de vida e envolvidas nas trevas da ignorância e do erro.

Um ano de valorização e reflexão sobre o papel dos leigos na Igreja e na sociedade do Brasil serviu, não como ponto de chegada, mas como novo começo, maior adesão à hierarquia e, sobretudo, maior harmonia entre os diversos membros desse corpo instituído por Deus para trazer, não só vida nova, mas vida em abundância por onde quer que atue e esteja presente.


Nota do Editor: Flávio Crepaldi é colaborador da Fundação João Paulo II e colunista do Canal Formação, no Portal cancaonova.com.

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