Os favoritos Andy Irons e Kelly Slater ficam nas semifinais do Billabong Pro.
| Pierre Tostee |  | | | C. J. Hobgood conquistou merecidamente o título de campeão do Billabong Pro Teahupoo 2004. |
|
As ondas de 4 metros de altura não apareceram, mas o último dia do Billabong Pro Teahupoo 2004 foi disputado em ótimas condições, com tubos espetaculares de 2 a 3 metros durante todo o sábado (15/05) decisivo da terceira etapa do ASP Foster’s World Championship Tour (WCT) 2004 no Tahiti. A onda mais temida do mundo desta vez curou traumas e só fez uma vítima, justamente na grande final, com o jovem australiano Nathan Hedge deslocando o ombro esquerdo ao tentar sair de um tubo gigante em sua segunda onda. Ele tinha barrado o bicampeão mundial Andy Irons na semifinal, mas acabou deixando o caminho livre para o norte-americano C. J. Hobgood conquistar um merecido título, principalmente depois de ter batido o defensor do título do Tahiti, Kelly Slater, com dois tubos sensacionais - notas 9,97 e 9,87 - para registrar a segunda maior pontuação do evento: 19,84 pontos. Nas quartas-de-final, o campeão do Billabong Pro Teahupoo 2004 já tinha tirado uma nota 10 e somado 19,70 pontos, com suas duas marcas só não superando o incrível recorde de 19,93 pontos de 20 possíveis registrado na sexta-feira por Slater. Andy Irons continua na frente do ranking mundial e Kelly Slater assumiu a vice-liderança. O próximo desafio é o também emocionante Quiksilver Pro Fiji nas Ilhas de Tavarua e Namotu, entre os dias 23 de maio e 04 de junho. O hexacampeão mundial Kelly Slater era apontado como grande favorito para conquistar um terceiro título no Tahiti. Ele tirou a primeira nota 10 do Billabong Pro Teahupoo na fantástica apresentação no penúltimo confronto da sexta-feira. No sábado, liquidou o brasileiro Peterson Rosa com notas 9,5 e 7,33 em dois tubões logo nos dois primeiros minutos da bateria. O paranaense tentou de tudo, mas não conseguiu completar nenhum tubo e Slater selou a vitória com uma nota 9,10 em sua última onda. Peterson Rosa era o último brasileiro e terminou em nono lugar na prova, mas agora os mais bem colocados no ranking são o niteroiense Guilherme Herdy e o pernambucano Paulo Moura, que dividem a 12ª colocação na classificação geral das três etapas. GALERIA NOTA 10 - As ondas foram aumentando durante o dia e nas quartas-de-final saíram mais três notas 10, todas para surfistas dos Estados Unidos. O irmão do campeão, Damien Hobgood, tirou a primeira, mas na soma das duas maiores notas acabou superado pelo australiano Nathan Hedge. A segunda foi recebida por C. J., que caçou o 10 até conseguir na décima das onze ondas que pegou na terceira bateria. E Slater arrancou a sua segunda nota máxima para derrubar Luke Egan na última. Depois do 10, Kelly Slater ainda deu mais um show nos tubos perfeitos de Teahupoo, recebendo notas 9,00 / 8,60 / 9,17 seguidas para comprovar o favoritismo. Só que encontrou um inspirado C. J. Hobgood pelo caminho. O campeão mundial de 2001 novamente conseguiu escolher bem as ondas e não desperdiçar as chances de ficar o maior tempo possível dentro dos tubos para alcançar as maiores notas. O placar final da disputa norte-americana na semifinal terminou em 19,84 x 17,03 pontos. Ao contrário de Slater, o bicampeão mundial Andy Irons não deu muita sorte no Tahiti nesse ano, com a maioria das suas baterias sendo realizada numa hora não muito boa do mar e sem os grandes tubos de Teahupoo. Ele teve que se esforçar bastante e sempre conseguia pegar pelo menos um high-score (nota alta), como o 9,93 recebido em sua primeira onda no Billabong Pro Teahupoo 2004. Depois, passou apertado pelo tahitiano Heimata Carroll e no sábado começou despachando o australiano Lee Winkler, mas só brilhou mesmo no confronto havaiano contra Sunny Garcia, quando pegou bons tubos para receber notas 9,5 e 8,33 nos dois melhores. Na semifinal, sua maior nota foi um 8,5 e no último minuto o australiano Nathan Hedge arrancou um 9,0 para garantir sua primeira final no WCT. APRESENTAÇÃO SOLO - Na decisão, C. J. Hobgood quebrou sua prancha principal logo em sua primeira onda. Hedge começa na frente e tenta ampliar a vantagem arriscando tudo num tubo gigante. Ele conseguiu encaixar lá dentro, mas na saída acabou se chocando com tanta força na parede da onda que o seu ombro esquerdo saiu do lugar na sua segunda onda. Com a contusão, teve que abandonar a disputa antes dos primeiros 5 minutos e que se contentar com os 16.000 dólares e 1.032 pontos oferecidos para o vice-campeão. O norte-americano ficou sozinho para escolher as melhores ondas das séries e pegou um tubo atrás do outro para comemorar o prêmio máximo de 30.000 dólares e os 1.200 pontos que o levaram da 27ª para a quinta posição no ranking. Dois brasileiros se mantiveram no seleto grupo dos top-16 do WCT 2004 após o Billabong Pro Teahupoo. Guilherme Herdy (RJ) e Paulo Moura (PE) pararam na terceira fase no Tahiti e caíram do décimo para o 12º lugar, superando Victor Ribas (RJ), que não passou pela repescagem e despencou da nona para a vigésima colocação. Peterson Rosa fez bonito em Teahupoo e com o nono lugar nas oitavas-de-final subiu da 27ª para a 23ª posição. Os outros caíram na repescagem e também no ranking: Neco Padaratz (SC) era o número 14 e agora é 26, Marcelo Nunes (RN) e Raoni Monteiro (RJ) estão empatados em 29º lugar e Armando Daltro (BA) ainda não venceu nenhuma bateria neste ano e aparece em 44º lugar com outros três surfistas. Ranking WCT 2004- 3 etapas 01)- 2784 - Andy Irons (HAV) 02)- 2340 - Kelly Slater (EUA) 03)- 2112 - Taj Burrow (AUS) 03)- 2112 - Nathan Hedge (AUS) 05)- 2088 - Joel Parkinson (AUS) 05)- 2088 - C. J. Hobgood (EUA) 07)- 2076 - Taylor Knox (EUA) 08)- 2064 - Mark Occhilupo (AUS) 09)- 1968 - Michael Lowe (AUS) 10)- 1812 - Daniel Wills (AUS) 10)- 1812 - Luke Egan (AUS) 12)- 1680 - Guilherme Herdy (BRA) 12)- 1680 - Paulo Moura (BRA) 14)- 1644 - Pat O’Connell (EUA) 15)- 1620 - Mick Fanning (AUS) 15)- 1620 - Jake Paterson (AUS) 20)- 1500 - Victor Ribas (BRA) 23)- 1488 - Peterson Rosa (BRA) 26)- 1368 - Neco Padaratz (BRA) 29)- 1248 - Marcelo Nunes (BRA) 29)- 1248 - Raoni Monteiro (BRA) 44)- 864 - Armando Daltro (BRA)
|