12/09/2025  08h58
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Surfe
23/07/2005 - 08h22
Kelly Slater derrota Andy Irons na África do Sul
João Carvalho
 
Líder do WCT 2005 garante título com uma nota 9,5 no último minuto da final
 
Karen Wilson 
  Kelly Slater.

Com uma apresentação fantástica no último minuto da bateria, no dia 22 (sexta-feira), o norte-americano Kelly Slater conseguiu arrancar uma nota 9,5 para faturar o título do Billabong Pro numa decisão histórica entre os dois maiores nomes do esporte. Pela primeira vez, o hexacampeão mundial e o atual tricampeão do ASP Foster’s World Championship Tour (WCT) se enfrentaram numa grande final homem-a-homem. O havaiano Andy Irons começou forte com uma nota 8,33, há 3 minutos do fim somou mais 8,23 pontos e deixou Slater precisando de uma nota 9,23 para reverter o resultado. No minuto final, o atual líder do ranking aguardou a última onda da série para aplicar quatro manobras de alto grau de dificuldade numa direita de 2,5 metros de altura, com os juízes dando nota 9,5 para o único surfista que já tinha tirado nota 10 em Jeffrey’s Bay neste ano. Essa foi a terceira vitória de Kelly Slater na temporada, enquanto Irons, inconformado com o resultado, perdeu sua segunda final e ainda assim assumiu a vice-liderança na classificação geral das seis etapas disputadas. Agora, o WCT dá uma pausa para uma série de oito provas seguidas do World Qualifying Series (WQS) e o título mundial de 2005 só volta a ser disputado no dia 31 de agosto em Chiba, no Japão.

A grande final entrou no mar e logo de cara os dois tiveram que ultrapassar uma série monstruosa em Jeffrey’s Bay. As ondas continuavam subindo rápidas e desordenadamente, mas Andy Irons conseguiu achar uma ótima direita para abrir a bateria com uma nota 8,33. Kelly Slater não foi bem em suas duas primeiras tentativas e só na terceira conseguiu encaixar suas manobras sempre muito radicais para receber 7,33 pontos. Só que Andy dá o troco e com uma nota 5,67 abre 6,68 pontos de vantagem.

O tempo ia passando, as séries continuavam entrando cada vez maiores, porém sem tubos e com muitas ondas fechando. Quando restavam apenas 3 minutos para o término da bateria, o havaiano pega outra direita abrindo uma longa parede e tira nota 8,23, ampliando a diferença para 9,23 pontos. A fatura parecida liquidada e Andy nem voltou para o fundo, preferindo ficar aguardando o encerramento da bateria para comemorar.

Só que no minuto final entra uma última série para Kelly Slater, que mostrando muita frieza deixa passar as duas primeiras ondas e escolhe a terceira, que acabou sendo a melhor de toda a decisão. Ele arrisca tudo, atacando a parte mais crítica com manobras muito fortes quatro vezes seguidas antes de cair na quinta delas. Mesmo assim, os juízes avaliaram o alto grau de dificuldade das suas batidas e rasgadas e lhe deram uma nota 9,5 na fantástica vitória definida por décimos: 16,83 x 16,56 pontos.

"É até difícil de acreditar, mas as coisas costumam acontecer assim para mim, com tudo indo para os minutos finais, por isso é que eu não desisto nunca até o sinal de encerramento da bateria", falou Kelly Slater, que já havia perdido três decisões para Andy Irons, porém todas foram em Banzai Pipeline, no Havaí, onde as baterias são disputadas por quatro atletas. Esta foi a primeira vez que os donos de nove títulos mundiais (seis de Slater em 1992 / 94 / 95 / 96 / 97 / 98 e três de Irons em 2002 / 03 / 04) se enfrentaram numa grande final homem-a-homem. Pela vitória no Billabong Pro, o norte-americano faturou 30.000 dólares de prêmio e mais 1.200 pontos que lhe garantiram uma folga maior na liderança do ranking com 5.342 pontos, contra 4.596 pontos do novo vice-líder, Andy Irons.

"Ainda tem cinco etapas pela frente, consegui aumentar a vantagem, mas tem vários surfistas que ainda estão na briga. O Mick Fanning já tem duas vitórias, o Andy e o Bruce Irons também estão muito bem neste ano e ainda tem o Joel Parkinson, o Damien e o C. J. Hobgood, então não dá para ficar pensando muito em título mundial neste momento. A concentração tem que ser total em cada evento, cada bateria, cada onda surfada, pois muita coisa ainda pode acontecer", falou Kelly Slater.

QUEBRANDO RECORDES - O último dia do Billabong Pro começou com as oitavas-de-final e Kelly Slater já ampliou o recorde de pontos deste ano na África do Sul para 19,30 de 20 possíveis na vitória sobre o australiano bicampeão em Jeffrey’s Bay, Jake Paterson. Na seqüência, Andy Irons ganhou o confronto contra seu irmão Bruce e o carioca Raoni Monteiro despachou o australiano Phillip MacDonald por 15,13 x 13,16 pontos, avançando para enfrentar o tricampeão mundial nas quartas-de-final.

Em sua segunda apresentação na sexta-feira, Mr. Slater deu outro espetáculo nas longas direitas de Jeffrey’s Bay e numa seqüência de tubos arrancou a primeira e única nota 10 do Billabong Pro em 2005. Só essa nota máxima superou os 9,83 pontos recebidos pelo carioca Raoni Monteiro na repescagem. O hexacampeão mundial ainda somou uma nota 9,5 para estabelecer outro imbatível recorde de 19,50 pontos, não dando qualquer chance para o australiano Bede Durbidge nas quartas-de-final. O defensor do título Andy Irons mais uma vez não conseguiu o mesmo desempenho do atual líder do ranking, entretanto não encontrou dificuldades para derrotar o brasileiro Raoni Monteiro com uma larga vantagem de 15,67 x 9,16 pontos.

OS BRASILEIROS - Com a derrota, o carioca terminou empatado com os australianos Joel Parkinson, Bede Durbidge e Luke Stedman, na quinta colocação do Billabong Pro, com cada um recebendo 8.000 dólares e 732 pontos no ranking do WCT 2005. Além dele, os únicos brasileiros que conseguiram vencer pelo menos uma bateria em Jeffrey’s Bay foram o potiguar Marcelo Nunes, o pernambucano Bernardo Pigmeu e o catarinense Neco Padaratz. Nunes e Pigmeu foram derrotados na terceira fase por Luke Egan (AUS) e Andy Irons, respectivamente, com ambos terminando em 17o. lugar e levando 4.500 dólares e 410 pontos. Já Neco Padaratz foi notificado da suspensão de 1 ano do Circuito Mundial, pelo exame anti-doping realizado ano passado na França, acabou retirado da competição e nem mais aparece no ranking mundial, pois a pena é retroativa a 1º de janeiro de 2005.

SEMIFINAIS - O Billabong Pro seguiu para as semifinais e Slater novamente passou com folgas, desta vez derrotando seu compatriota Tim Reyes por 17,33 x 13,83 pontos. Na outra bateria, Andy Irons voltou a fazer o suficiente para se classificar, sem empolgar o enorme público que lotou a praia na sexta-feira gelada em Jeffrey’s Bay. A torcida era toda para o sul-africano Greg Emslie, que tinha despachado o vice-campeão mundial Joel Parkinson, mas o havaiano acabou vencendo por 14,43 x 11,00 pontos.

PRÓXIMAS ETAPAS - O próximo desafio dos melhores surfistas do mundo está marcado para os dias 31 de agosto a 07 de setembro no Japan Quiksilver Pro em Chiba, no Japão. Depois, tem o Boost Mobile Pro de 09 a 20 de setembro em Trestles, na Califórnia, Estados Unidos; o Quiksilver Pro France em Hossegor, de 23 de setembro a 02 de outubro na França; o Nova Schin Festival WCT Brasil 2005 de 31 de outubro a 09 de novembro em Santa Catarina, no Brasil; com o Rip Curl Pipeline Masters fechando a temporada nos dias 08 a 20 de dezembro em Banzai Pipeline, na Ilha de Oahu, no Havaí.

BILLABONG PRO J-BAY - Resultado

1: Kelly Slater (EUA) - $ 30.000 / 1.200 pontos
2: Andy Irons (HAV) - $ 16.000 / 1.032
3: Tim Reyes (EUA) - $ 10.000 / 876
3: Greg Emslie (AFR) - $ 10.000 / 876
5: Joel Parkinson (AUS) - $ 8.000 / 732
5: Raoni Monteiro (BRA) - $ 8.000 / 732
5: Bede Durbidge (AUS) - $ 8.000 / 732
5: Luke Stedman (AUS) - $ 8.000 / 732

Ranking WCT 2005 - após 6 etapas

01: Kelly Slater (EUA) - 5.342 pontos
02: Andy Irons (HAV) - 4.596
03: Trent Munro (AUS) - 4.286
04: Mick Fanning (AUS) - 4.230
05: Joel Parkinson (AUS) - 3.732
06: Frederick Patacchia (HAV) - 3.628
07: Phillip MacDonald (AUS) - 3.599
08: Cory Lopez (EUA) - 3.575
09: C. J. Hobgood (EUA) - 3.546
10: Nathan Hedge (AUS) - 3.443
11: Taj Burrow (AUS) - 3.438
12: Bruce Irons (HAV) - 3.311
13: Dean Morrison (AUS) - 3.299
14: Daniel Wills (AUS) - 3.248
15: Damien Hobgood (EUA) - 3.224
16: Luke Egan (AUS) - 3.035

21: Peterson Rosa (PR) - 2.746
23: Marcelo Nunes (RN) - 2.655
31: Paulo Moura (PE) - 2.227
31: Raoni Monteiro (RJ) - 2.227
35: Victor Ribas (RJ) - 2.090
44: Renan Rocha (SP) - 1.350
45: Bernardo Pigmeu (PE) - 860
45: Guilherme Herdy (RJ) - 860
47: Jean da Silva (SC) - 635

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "SURFE"Índice das publicações sobre "SURFE"
02/06/2017 - 08h50 Surfista se prepara para competições nacionais
26/11/2015 - 12h09 Maresias recebe o VII Black BeltChallenge de Surf
12/11/2015 - 10h04 Pâmella Mel estreia no Circuito Brasileiro
08/02/2014 - 07h12 3ª etapa do Encontro Paulista de Escolas de Surf
29/01/2014 - 10h02 Pâmella Mel, 8, uma surfista prodígio
12/01/2014 - 10h01 2ª etapa do Encontro Paulista de Escolas de Surf
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.