Prefeitura conclui sindicância que apurou irregularidades na folha de pagamento. Relatório aponta desvio de quase R$ 700 mil; prática vinha ocorrendo desde março de 2001
| Divulgação |  | | | O prefeito Eduardo César e os membros da Comissão Sindicante. |
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A Comissão Sindicante da Prefeitura de Ubatuba que apura irregularidades na folha de pagamento entregou nesta quinta-feira, 28, ao prefeito Eduardo César o relatório final de seus trabalhos. A Comissão foi instaurada após a descoberta de indícios de irregularidades na folha de pagamento da Prefeitura, praticadas pelo ex-funcionário Alvelino Almeida da Cruz Júnior, responsável pelo sistema de informática da folha de pagamento. Em uma coletiva à imprensa, o relatório final foi apresentado apontando as irregularidades encontradas durante as investigações. A Comissão apurou com base em pesquisas documentais e depoimentos tomados que Alvelino Almeida da Cruz Júnior aparece claramente como mentor e executor dos desvios de valores registrados na folha de pagamentos dos funcionários públicos da Prefeitura, no montante de R$ 692.826,96, no período de março de 2001 a maio de 2005. A Comissão ouviu secretários municipais, ex-secretário, funcionários e ex-funcionários da Prefeitura e funcionários do Banco Banespa agência Ubatuba, além dos sócios de Alvelino em sua empresa Auto Clean e membros de sua família. O relatório apontou que Adriana Almeida de Moura, irmã de Alvelino, e Carolina Mikie Suguimoto, sua sócia na empresa, aparecem como beneficiárias de parte do montante desviado dos cofres públicos. De todos os convidados para depor, apenas Alvelino Almeida da Cruz Júnior, sua irmã Raquel de Almeida Cruz, o policial que o atendeu quando do seu suposto atentado, Ildo de Moura e ainda o ex-secretário de finanças, Luiz Carlos Nunes de Barros não compareceram. Promotoria Pública De posse do relatório, a Prefeitura fará agora o seu encaminhamento para a Promotoria Pública que deverá dar prosseguimento ao caso. "Esperamos agora que a Justiça faça a sua parte e puna os culpados. Não podemos admitir - e não falo apenas em nome da administração, mas de toda sociedade - que os responsáveis por esse desfalque nas contas da Prefeitura saiam ilesos", afirmou o prefeito Eduardo César. Ele lembrou ainda que além da comissão de sindicância interna que trabalhou arduamente por 38 dias na análise de mais de três mil páginas de documentos, a Secretaria de Assuntos Jurídicos da Prefeitura também ingressou com ações na Justiça visando o bloqueio dos bens e também a quebra do sigilo bancário dos envolvidos. A Comissão Sindicante foi formada pelos funcionários Ernesto Cardoso Júnior (presidente), Adriano Félix Narciso (membro) e José Geraldo Ferreira da Silva (membro).
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