Para o presidente da Sociedade de Amigos de Maresias (Somar), Aldo Amadei, eventos como o "Maresias Salva Surf" são ótimos para não deixar as crianças do bairro "abandonadas pelas ruas". Segundo ele, o bairro que atrai turistas e surfistas de todos os cantos do Brasil ao longo do ano apresenta uma série de contrastes fora da praia.

Lixeiras abandonadas, calçadas esburacadas - inclusive na orla da praia, e falta de iluminação em trechos de grande circulação de pessoas são alguns dos problemas relacionados à infra-estrutura que a entidade reivindica melhorias. "Além disso, boa parte do bairro não tem asfalto", diz. "Assim, quando chove, as pessoas pisam em lama".

Fundada em 1985, a Somar realiza freqüentemente mutirões e faz abaixo-assinados, cobrando ações do poder público. "Maresias precisa de investimentos. Aqui, é reduto de turistas e importante centro comercial de São Sebastião", afirma.

Amadei destaca que a Somar está planejando alguns trabalhos voltados para as crianças do bairro. Para o segundo semestre, está prevista a realização do Projeto Busca-pé. "Será realizada uma escolinha de ciclismo, com o apoio da Polícia Militar", destaca o presidente, ressaltando que as crianças aprenderão a consertar bicicletas e noções de trânsito.

Outra atividade que também já está em estudo seria algo relacionado ao escotismo. Além desses projetos, as crianças de Maresias contam, na sede da Somar, com curso de reciclagem de papel e biblioteca, organizada por meio da doação de livros de moradores do próprio bairro. Outras informações sobre a Somar podem ser obtidas pelo telefone (12) 3865-6800.

Souvenires - O "Maresias Salva Surf" ganhou uma nova atração. É uma banca com souvenires feitos com resto de pranchas antigas ou usadas, conchas, cascas de ostras, isopores e garrafas-pets, ótimas recordações de São Sebastião para o turista que vem à cidade. O responsável pelos trabalhos é o artesão Fábio Monteiro, 32, de Caraguatatuba, Litoral Norte de São Paulo, que foi convidado a expor.

Monteiro já está nesse ramo há cinco anos. Diariamente, ele expõe as peças na própria cidade natal, na Praça Diógenes Ribeiro de Lima, no Centro. Começou a fazer artesanato depois que parou de trabalhar na construção civil. "No começo, fazia mais por hobby e, aí, comecei a gostar", explica.

Surfista há cerca de 10 anos, Monteiro tem em sua banca miniaturas de pranchas, nas quais ele mesmo faz a pintura e as cobre com fibra, e porta-canetas com conchas do mar. As cascas de ostras servem como base de objetos feitos com conchas. Pedaços de garrafas-pets reaproveitadas são usadas para fazer as folhas de uma miniatura de árvore, que acompanham os guardadores de canetas. O preço de cada objeto varia de R$ 7,00 a R$ 60,00.

Escolas - Na sexta-feira, dia 29 de julho, foi a vez dos estudantes de Ensino Fundamental da Escola Municipal Dulce César Tavares, de São Sebastião, participarem das aulas de surf, vôlei e curso de salva-vidas no "Maresias Salva Surf". No dia 28, quem esteve na arena foram os alunos da Escola Municipal de Camburi.

O Maresias Salva Surf tem o patrocínio do Centro Rexona Ades de Voleibol, Instituto Esporte e Educação. Apoio: Shopping Maresias, Julian Marcuiri, Prefeitura de São Sebastião, Salva-Vidas Mirim, Sociedade Amigos de Maresias, Spy, World Wave, Vex, Corpo de Bombeiros, Rádio 98 FM, Rádio 89 FM, Rádio Morada do Sol, Sindicato Publicitário do Estado de São Paulo. Realização: Ong NAM - Na Areia, Na Mata e No Mar. Produção: Vitrine Produções e MMK.