No Global Summit, da Singularity University, que ocorreu recentemente nos Estados Unidos, foram apresentadas novidades tecnológicas, ideias disruptivas e projeções sobre as revoluções em andamento e as futuras. Isso em diversas áreas, da medicina ao transporte, do consumo à fabricação, de formas de pagamento à exploração espacial. O que mais se ouviu foi a necessidade de mudar o “mindset”, o jeito de pensar. Um concurso divulgado no evento, que ocorreu em outubro, em Hollywood, propôs-se a coletar ideias para resolver os problemas mais complexos e desafiadores da humanidade, dentro de um conceito de abundância 360°. Partiu do pressuposto que todos são solucionáveis Aos empresários, uma mensagem desafiadora: no futuro, que para muitos setores já bate à porta, as ofertas de valor serão mais seguras, eficientes e baratas. Um mundo com desafios e oportunidades em velocidade crescente, a ser explorado por uma combinação entre jovens digitalizados e profissionais experientes. É a agenda que ditará a competitividade e o avanço das nações, e vem ganhando importância não só nas economias ricas, mas também nas que não perderam o senso de urgência, como a China. No Brasil, por outro lado, continuamos com a agenda do passado, ocupados com questões como ajuste fiscal, baixa produtividade, falta de competitividade, principalmente pelo peso da ineficiência do Estado, serviços públicos de baixa qualidade, falta de infraestrutura. Se continuarmos resistindo às mudanças necessárias, ou desidratando projetos de reformas imprescindíveis, ficaremos na segunda classe da nova economia. Temos que levantar a régua do que temos convencionado chamar de “politicamente possível” em direção ao que é realmente necessário, para conseguirmos encaminhar com a devida urgência a agenda do passado e despertarmos para o novo mundo que, literalmente, está entrando sem pedir licença, com uma velocidade que irá surpreender. Nota do Editor: Carlos Rodolfo Schneider, empresário.
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