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24/09/2020 - 06h45
A minha vida roubada e a meditação
Luciana Juhas
 

Eu sempre quis meditar nessa vida. Mas eu sempre achei que meditação fosse coisa de atriz da TV Globo mesmo, nunca imaginei que fosse possível para uma pessoa comum com os dramas como os meus. “Não é possível que a minha mente vá ficar limpinha um dia, sem trânsito, sem barulho, sem atropelos, sem vai e vem...”. Há três meses e de tanto ser incentivada pela minha amiga Carol, “Lu você precisa meditar, ontem aconteceu uma no supermercado que se fosse antes e eu teria ficado bem nervosa, mas olha, eu respirei fundo, minha mente pausou e eu consegui aguardar tranquilamente, sinto mudanças reais com a meditação diária”, tenho meditado todos os dias, e a meditação tem sido para mim como pílulas de lucidez em meio ao caos, é um bom “deixa para lá”.

Há uns anos atrás, quanto tentei meditar pela primeira vez, não existiam aplicativos de meditação. Então tinha que pegar o carro, atravessar o bairro, enfrentar o trânsito, chegar no local sentar na posição e parar a mente. E voltar correndo, enfrentar o trânsito de novo, para iniciar o dia. A relação custo benefício para ir atrás de algo para parar a mente, não fez sentido. E junto com todo o turbilhão de timings da comunicação, corri atrás de algo mas não consegui absorver naquele momento. Com os aplicativos de meditação que existem hoje e, trabalhando direto em casa, acessar o “roteiro da meditação por um especialista”, foi algo bem mais fácil. Mas confesso que acessar o hábito, cultivar o hábito de meditar, ainda assim foi difícil no início. Engraçado, mas por qual motivo será difícil focar em algo que não seja concreto, uma tarefa produtiva, algo palpável, mas ficar só ouvindo coisas boas e respirando fundo. Mas aí que está a grande descoberta. Nada mais palpável do que cuidarmos da mente nesse momento. Nós cuidamos de todos os órgãos de nosso corpo. Cuidamos da mente também quando fazemos exercícios físicos, quando trabalhamos o intelecto. Mas somos muito regidos pelo nosso fluxo de pensamentos. E como fazemos a gestão desse fluxo de pensamentos?

Tenho prestado muito a atenção nesse momento de pandemia mundial em pessoas que firmaram um compromisso com a felicidade. Um compromisso em preservar e cultivar a alegria que é algo interno e não depende de conquistas externas, algo de positivo. São muitas mortes todos os dias. É um cenário de guerra em meio ao crescimento da violência e da pobreza em nosso Brasil. Cada vez mais vejo meus amigos perdendo parentes. Para a questão da gestão do fluxo de pensamentos, a meditação tem sido para mim um bom assistente. Para as mentes aceleradas, a meditação contínua vai conferindo um espaço maior de resposta entra uma reação e outra. Podemos dizer que é um treinamento mental que tira da concretude e da rudeza da atual vida cotidiana, e nos coloca na esfera do que em grande parte não podemos fazer na pandemia, que é se distrair, estar tranquilo em comunhão com os nossos queridos, estar planejando a próxima viagem gostosa para uma praia ou um país diferente, todas essas sensações que nos foi roubada nesse momento, de toda a nossa vida roubada, são muitos nãos para todos nós. Então a meditação traz boas sensações contínuas ao cérebro. Não me leva para a praia, mas tem uma música lá do aplicativo que eu posso caminhar com o fone e ouvindo o barulho do mar...

Hoje uso três aplicativos: o Medite-se, o Lojong e o Meditopia. E os três são ótimos, cada um tem um jeito diferente, e todos se complementam. E esse é o verdadeiro boca a boca do que é bom, porque eles não sabem da minha existência. E todos eles dizem “a sua mente não vai parar mesmo, ela vai melhorar o fluxo da gestão dos pensamentos”, sendo assim, eles falam a verdade mesmo, pode-se confiar. Comecei com o roteiro semanal do Medite-se depois passei a fazer as meditações rápidas do Lojong, caminho também ouvindo as músicas do Medite-se e recentemente, a Carol que me apresentou aos dois, me indicou o Meditopia que é muito bom também.

Tem meditações temáticas e, cada aplicativo, é um universo para esse trabalho mental. Quem sabe um dia quando eu morar lá no alto da montanha do Tibete a minha mente fique bem tranquila, mas por enquanto, vivendo como uma empreendedora no Brasil, em que acordamos cedo para darmos um salto de paraquedas sem termos muito bem a certeza de onde vamos cair no final do dia, até que as conversas que ando tendo com os aplicativos de meditação tem sido muito interessantes.


Nota do Editor: Luciana Juhas é jornalista, atuou em alguns veículos de comunicação, até se especializar em comunicação corporativa e fundar a Galeria de Comunicações. Possui experiência na cobertura e trabalho de comunicação corporativa em diversos setores empresariais, entre eles, o do agronegócio orgânico no Brasil onde acompanhou o desenvolvimento desse setor, e relatou muitos pontos importantes no livro “Orgânicos: Marcos, Desafios e Comunicação, da LCTE Editora.

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