Com os rostos pintados de verde e amarelo cerca de 5 mil estudantes integrantes de movimentos sociais estão concentrados em frente à Catedral de Brasília, de onde seguirão para o Ministério da Fazenda e depois para o Congresso Nacional. Segundo o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Peta, a expectativa é que o ato público reúna cerca de 10 mil manifestantes na Esplanada dos Ministérios. Peta disse que a manifestação é em defesa da reforma política, pela apuração das denúncias de corrupção no país e por mudanças na política macroeconômica que permitam o desenvolvimento social. "Achamos que a saída para a crise política no Brasil passa por esses pontos", afirmou. Segundo Peta, o ato representa a volta dos caras-pintadas e é o início, de uma série de mobilizações em todo o país. Ele destacou que os manifestantes não defendem a saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do poder, porque isso poderia "abrir espaço para a volta da direita". Os manifestantes gritam palavras de ordem, como "olé, olé, olá, a direita quer voltar; é golpe é golpe, por isso eu vou lutar". Por causa da manifestação, o trânsito na Esplanada dos Ministérios foi interrompido no sentido rodoviária Congresso Nacional. O evento é promovido pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), fórum do qual a UNE faz parte, junto com a Confederação Nacional de Associações de Moradores (Conam), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), União Nacional por Moradia Popular (UNMP), Central de Movimentos Populares (CMP), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e Pastoral da Terra, entre outras entidades.
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