Inaugurando uma parceria
O que faz uma criança de 3 a 6 anos na escola? Certamente, passa maior parte do tempo brincando. Porque então pagar uma mensalidade, às vezes bem alta, para o seu filho ficar brincando? Sem gastar um tostão, ele pode fazer a mesma coisa no playground do prédio, na pracinha ou no quintal. Brincar na escola, no entanto, é totalmente diferente de brincar em casa. O papel do professor é fundamental para fazer as intervenções necessárias e promover o desenvolvimento das inúmeras capacidades infantis. Sabe-se que o que se aprende nos primeiros 6 anos de vida de um indivíduo não se compara a nenhuma outra fase da vida. Não é mais aceitável nos dias de hoje desperdiçar tanta potencialidade. Muito mais do que um lugar seguro para deixar as crianças enquanto os pais estão no trabalho, a escola de educação infantil tem que ser um espaço agradável, estimulante, bem organizado, com professores bem formados e onde impere a afetividade. O que deve então ser privilegiado nesta etapa? O correto seria procurar uma instituição que enxergue a criança da Educação Infantil como um futuro profissional competente, apto a conquistar seu lugar ao sol, num mercado cada vez mais competitivo? Colocar seu filho em uma escola equipada com a tecnologia mais avançada? Quem pode garantir que daqui a mais ou menos 20 anos, quando seu filho entrar para o mercado de trabalho, os valores eleitos pelas escolas high-techs de hoje ainda estarão vigentes? Na outra ponta estão escolas que priorizam a criança como criança. Valorizam a infância, suas fantasias a aproveitam toda a potencialidade infantil, propondo desafios e contribuindo para a qualidade das conquistas. Nesse tipo de instituição, a criança chega em casa no fim do dia suja de terra ou tinta, às vezes com o sapato na mão e cheia de coisa para contar. No dia seguinte, quer voltar. Muitas escolas conseguem, no entanto, não enxergar essas duas tendências de maneira antagônica.
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