Oitava etapa da temporada é encerrada com boas ondas em Lower Trestles
| Pierre Tostee |  | | | Kelly Slater no Boost Mobile Pro. |
|
O norte-americano Kelly Slater segue firme na busca do seu sétimo título de campeão mundial. Neste domingo (18), disputou a terceira final consecutiva e conquistou a quarta vitória em oito etapas realizadas. No ano passado, ele perdeu o título do Boost Mobile Pro para Joel Parkinson e o público saiu frustrado de Trestles, mas dessa vez levou a torcida ao delírio ao ganhar a decisão contra outro australiano na Califórnia. Phillip MacDonald ainda ajudou o hexacampeão mundial ao eliminar seus mais fortes concorrentes, Andy Irons e Mick Fanning. Já os brasileiros não passaram das suas primeiras apresentações no domingo de boas ondas de 1,5 metro de altura em Lower Trestles, com o pernambucano Paulo Moura e o cabo-friense Victor Ribas terminando em nono lugar no Boost Mobile Pro. Da América do Norte, a elite mundial segue para a Europa, onde na sexta-feira começa o prazo do Quiksilver Pro, que vai até o dia 02 de outubro na França. E o próximo desafio é o Nova Schin Festival WCT Brasil 2005, de 31 de outubro a 09 de novembro em Santa Catarina, última parada antes da grande final no Havaí. Ninguém conseguiu superar os 18 pontos que Paulo Moura somou no confronto brasileiro contra o paranaense Peterson Rosa na sexta-feira. Quem chegou mais perto foi o australiano Taj Burrow na primeira bateria do domingo decisivo em Trestles, que totalizou 17,57 pontos com notas 9,07 e 8,50 em suas melhores ondas. No ano passado, Burrow venceu o Nova Schin Festival no mesmo palco que Kelly Slater faturou a primeira edição do evento em Santa Catarina, a Praia da Vila, em Imbituba, 90 Km ao Sul de Florianópolis, onde fica instalada a sede principal do evento móvel idealizado por Teco Padaratz, detentor dos direitos de realização da etapa brasileira do WCT. E a consagração do campeão mundial da temporada tem grandes chances de mais uma vez ocorrer no Brasil, pois Kelly Slater já abriu mais de 1.000 pontos de vantagem sobre Andy Irons com a vitória nos Estados Unidos. No ano passado, o havaiano comemorou o tricampeonato mundial antecipado no último dia do WCT Brasil 2004 em Imbituba. Os dois se enfrentaram na grande final das duas etapas anteriores, com Slater derrotando o defensor do título na África do Sul e Irons dando o troco no hexacampeão mundial no Japão. Porém, enquanto o americano chegou pelo segundo ano seguido na decisão do Boost Mobile Pro, o havaiano mais uma vez tropeçou pelo caminho em Trestles. ESPANTANDO A ZEBRA - Em 2004, Irons foi barrado ainda na terceira fase pelo convidado da Quiksilver, Dane Reynolds, que também competiu neste ano e registrou imbatíveis 18,40 pontos na repescagem. Só que dessa vez o cabeça-de-chave número 1 na Califórnia era Kelly Slater, que até tirou a maior nota do campeonato - 9,87 - para espantar a zebra. O maior ídolo do esporte não participou da primeira rodada de baterias do domingo, porque seu adversário, o australiano Troy Brooks, contundiu-se na sexta-feira e nem entrou no mar. Andy Irons disputou o confronto seguinte e com uma nota 8,67 logo em sua primeira onda, não teve dificuldades para superar o australiano Richard Lovett. DESPEDIDA DO BRASIL - As oitavas-de-final foram encerradas com o Brasil despedindo-se da disputa do título da etapa norte-americana do WCT. O australiano Mick Fanning não deu qualquer chance para Paulo Moura numa hora não muito boa do mar, com séries demoradas e apenas três ondas surfadas por cada um. O número 3 do ranking mundial deu sorte de achar uma ótima onda e começou forte com uma nota 9. Ao contrário, o pernambucano não foi bem em nenhuma e acabou batido por 16,00 x 7,66 pontos. O cabo-friense Victor Ribas foi muito melhor e tirou três notas na casa dos 7 pontos, mas o norte-americano C. J. Hobgood arrancou notas 8 e 9 para fechar o placar em 17,00 x 15,07 pontos. Pelo nono lugar no Boost Mobile Pro, Moura e Vitinho receberam 5.300 dólares de prêmio e marcaram 600 pontos, subindo para a 25ª e trigésima posições, respectivamente, no ranking mundial do WCT 2005. Mesmo parando na terceira fase, o potiguar Marcelo Nunes continua encabeçando a lista dos brasileiros em 24° lugar na classificação geral das oito etapas realizadas. ESTRÉIA CAMPEÃ - Nas quartas-de-final, Kelly Slater fez sua primeira apresentação no domingo e não decepcionou a imensa torcida que lotou a praia em Lower Trestles. Com notas 8,0 / 8,5 / 8,6 nas três primeiras ondas que pegou, despachou facilmente o havaiano Kalani Robb por 17,10 x 11,67 pontos. Andy Irons entrou no mar na disputa seguinte para enfrentar Phillip MacDonald e a bateria acabou decidida nas duas primeiras ondas de cada um. O havaiano ganhou a maior nota - 8,67 - só que o australiano conseguiu somar mais pontos para vencer com uma pequena diferença: 15,44 x 15,34 pontos. Na última quarta-de-final, Mick Fanning pintou como principal adversário de Kelly Slater ao surfar a melhor onda do domingo até ali - nota 9,33 - na vitória apertada sobre o norte-americano C. J. Hobgood por 16,33 x 15,17 pontos. Mas, seu compatriota Phillip MacDonald ganhou a revanche da derrota sofrida na final da Ilha Reunião. Na semifinal do Boost Mobile Pro, foi ele quem pegou uma onda espetacular e com uma nota 9,57 confirmou a vingança contra Fanning por 16,07 x 15,17 pontos. Na primeira semifinal, Slater já tinha dado outro show contra Taj Burrow e chegou perto do recorde de pontos do domingo que era do próprio australiano, com as notas 8,4 e 9,0 que recebeu nas duas melhores ondas das únicas quatro que pegou durante a bateria. E na grande final, sua quarta vitória na temporada foi garantida com a mesma nota 9,07 que Burrow ganhou no primeiro confronto do dia. Com ela, superou Phillip MacDonald por décimos de diferença - 15,40 x 15,00 pontos e o australiano teve que se contentar com mais um vice-campeonato no WCT 2005. RANKING WCT - 8 etapas: 01: Kelly Slater (EUA) - 7.574 pontos 02: Andy Irons (HAV) - 6.528 03: Mick Fanning (AUS) - 5.838 04: Trent Munro (AUS) - 5.618 05: Phillip MacDonald (AUS) - 5.363 06: Taj Burrow (AUS) - 5.046 07: C. J. Hobgood (EUA) - 4.688 08: Cory Lopez (EUA) - 4.395 09: Nathan Hedge (AUS) - 4.263 09: Frederick Patacchia (HAV) - 4.263 11: Joel Parkinson (AUS) - 4.182 12: Bruce Irons (HAV) - 4.136 13: Dean Morrison (AUS) - 4.124 14: Damien Hobgood (EUA) - 4.044 15: Tom Whitaker (AUS) - 4.032 16: Daniel Wills (AUS) - 3.883 24: Marcelo Nunes (RN) - 3.475 25: Paulo Moura (PE) - 3.427 27: Peterson Rosa (PR) - 3.381 30: Victor Ribas (RJ) - 3.100 37: Raoni Monteiro (RJ) - 2.677 43: Renan Rocha (SP) - 1.985 45: Bernardo Pigmeu (PE) - 1.310 46: Guilherme Herdy (RJ) - 1.270
|