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Surfe
23/09/2005 - 06h19
O mercado de pranchas no Brasil
Marcos André Araújo
 
Shaper há mais de 30 anos, o proprietário da Classic Longboards e Stubbies Surfboards faz uma breve análise sobre a fabricação de pranchas no País
 
Divulgação 
  Delton Menezes Airbrushing Spain.

O trabalho de Delton Menezes como shaper já é consagrado nos quatro cantos do planeta. Iniciando na arte de shapear em 1972, o paulista de 47 anos perdeu as contas de quantas pranchas já fez. Localizado em São Vicente, litoral paulista, em uma fábrica de 240 m², Delton costuma viajar para a Europa, Califórnia, Hawaii e África do Sul onde deixa o seu talento em diversas pranchas.

Apaixonado pelo surf, ele aposta na união entre os shapers para que o mercado brasileiro reaja ao baixo preço das pranchas. "A prancha nacional sempre foi muito barata e até os dias de hoje, ela continua sendo a mais barata do mundo", diz Menezes, que compara os preços nacionais. "A prancha brasileira custa hoje em torno de 150 a 200 dólares. Lá fora não sai por menos de 500 a 700 dólares. É uma diferença muito grande".

Reflexo de uma concorrência interna. "O mercado brasileiro foi reduzindo os preços para competir internamente e hoje ninguém consegue elevar os preços, senão foge do mercado", explica. Já entre os pranchões, a diferença é um pouco menor. "No longboard, o preço está melhor em relação à pranchinha, porque já buscamos essa tendência, apesar de ainda ser a metade do preço europeu e americano. O long gringo custa em torno de 700 a 900 dólares".

"O Brasil quer prancha barata e isso não é fácil de fazer", afirma. "A solução seria que todos aumentassem o preço. Só com a união dos fabricantes conseguiríamos fazer um preço ideal para o mercado. Com um rendimento melhor, poderíamos oferecer estabilidade à nossa equipe de trabalho. Algumas fábricas já conseguiram isso, como em Santa Catarina e Rio de Janeiro. Algumas pagam os seus funcionários por salário e não por produção. Isso melhoraria muito".

Apesar da diferença de preço e do sistema de trabalho, a matéria-prima nacional vem evoluindo. "A matéria-prima melhorou muito nos últimos 10 anos. Passamos do isopor para o poliuretano e surgiram novas fibras com boa resistência e qualidade, acessórios de quilhas removíveis e resinas adequadas para as pranchas que ajudam muito na confecção, trazendo mais qualidade ao produto final, sem a necessidade do importado", conta.

"É uma ótima alternativa, já que a matéria-prima importada fica inviável por causa do preço. Hoje nós temos poliuretano expandido no Brasil com material importado, fibra de vidro e resina de alta qualidade. Uma das grandes diferenças que perdemos para o produto importado é que a matéria-prima é específica para a fabricação de pranchas de surf", comenta.

"Lá fora os produtos são próprios para a prancha de surf com UV e proteção solar. A fibra de vidro tem maior resistência. Nós ainda não temos uma tecnologia para fazer um tecido com fio torcido, como é feito lá fora. Hoje, o que temos aqui é com o fio chato e isso tira um pouco da resistência da prancha", adverte Delton, que recentemente esteve na Europa para shapear.

"Eu viajo uma vez por ano para a Europa para abastecer o mercado. O shape é feito por mim na Espanha e depois distribuímos para a França e Portugal", informa ele que trouxe a marca do Hawaii. "A Classic Longboards é uma marca havaiana, com sede em Honolulu, onde trabalhei desde 1982. Nós somos uma representante da marca havaiana, mas com administração própria. Eu trouxe para o Brasil há nove anos e na Europa estamos há dois anos".

Em São Vicente, a Classic Longboards dispõe de um show room com pranchas, fun e longboards novos e usados, além de acessórios, racks, camisetas, bonés, mochilas, entre outros itens. Quem quiser conhecer ou encomendar as pranchas Classic Longboards basta acessar o site www.classiclongboards.com.br ou dar uma passada no show room que fica na Rua Armando Sales Oliveira, 97 - São Vicente - SP. Telefone para contato: (0**13) 3568-4115 e-mail: classic@classiclongboards.com.br.

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